Defasagem de gasolina e diesel amplia com diminuição do petróleo, declara Abicom
Gasolina já vinha se assemelhando aos preços externos há alguns dias, ao mesmo tempo o diesel excedeu o equivalente de importação ontem

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil
Com a diminuição do valor do petróleo no mercado internacional, a gasolina e o diesel comercializados nas refinarias brasileiras estão mais caros do que os negociados no mercado internacional, de acordo com informado pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
Segundo o encerramento de quarta-feira (5) o preço da gasolina no país está em média 3% acima do exterior, e o preço do diesel está 2% acima ao aplicado no Golfo do México. A gasolina já tinha se igualado aos preços externos há uma semana, no tempo que o diesel superou a paridade de importação na última quarta-feira (5).
Ainda na quarta-feira, a defasagem da Petrobras apontava maior igualdade com a importação do que a da Refinaria de Mataripe, privatizada no governo Bolsonaro e que declara acompanhar a política de paridade de importação (PPI), deixada de lado pela Petrobras em maio de 2023.
De acordo com a Abicom, em Mataripe a diferença do preço da gasolina comparado ao mercado internacional era de 6% no encerramento da quarta, e do diesel, de 2%, no tempo em que, na média dos polos atendidos pela Petrobras, essa alteridade era de 2% para o diesel e de 3% para a gasolina, mantendo a média de todas as refinarias unidas.
O último reajuste da Petrobras ocorreu há um mês: para o diesel, um aumento de 6%. Porém a gasolina não é reajustada há exatamente 240 dias. Contudo a Refinaria de Mataripe realiza reajustes a cada semana.