Defesa Civil aponta que monitoramento de minas da Braskem começou apenas em 2019
Primeiros tremores foram registrados em 2018
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
O secretário da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Pedro Nobre Júnior, disse em depoimento à CPI da Braskem nesta quarta-feira (13) que o monitoramento das minas da empresa só começou a partir de 2019, quando a mineradora foi obrigada a interromper as atividades de extração de sal gema.
Os primeiros tremores no solo próximo às minas, foram registrados em 2018 e de acordo com o secretário, os equipamentos de monitoramento da área só foram instalados no ano seguinte.
Em depoimento, o presidente da CPI, senador Omar Aziz, perguntou quais os órgãos deixaram de realizar a fiscalização das atividades da Braskem e dos seus impactos antes de 2019. A extração em Maceió começou no ano de 1976.
O Diretor-presidente do Instituto do Meio Ambiente (IMA) desde 2015, Gustavo Ressurreição Lopes chegou a afirmar que o órgão já realizou 20 autuações da Braskem, inclusive por omissão de informações. A licença para a mineração foi suspensa em 2019 depois que a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, atualmente chamada de Serviço Geológico do Brasil, divulgou um relatório com indícios de responsabilização da Braskem.
Nobre disse ainda que a área afetada diretamente pelas consequências da mineração corresponde a três quilômetros quadrados, mas o relator da CPI defendeu que as áreas vizinhas também devem ser alvo de estudos e observação.