Defesa Civil mantém 'alerta máximo' para risco de colapso de mina em Maceió
Solo na área em que Braskem explorou sal-gema está afundando a 0,3 cm/h
Foto: Divulgação/Defesa Civil
A Defesa Civil de Maceió mantém o estado "alerta máximo" devido ao risco iminente de colapso de uma mina da Braskem. Anteriormente, a velocidade de afundamento do solo na região do bairro Mutange era medida em milímetros por ano, mas agora essa medida aumentou para centímetros, intensificando a ameaça.
"Por mais que a gente, nas últimas horas, não tenha registrado sismos, essa velocidade de 0,3 cm/h ainda é muito elevada. Para ter uma ideia, para que a gente entre em normalidade, é necessário [voltar a] milímetros por ano. Já houve momentos em que registramos 5 cm/h, mas ainda é uma velocidade considerável. Por isso, se justifica ainda ficarmos em alerta máximo. A energia que se concentra ali é incalculável e imprevisível", disse o coordenador da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre.
O solo continua cedendo em ritmo lento e já afundou 1,70 m desde o dia 28 de novembro na área em que Braskem explorou sal-gema. A instabilidade no solo foi agravada por décadas de mineração feita pela Braskem e provocou a evacuação de mais de 14 mil imóveis em cinco bairros, afetando cerca de 60 mil pessoas.