Defesa de Bolsonaro denuncia "tentativa de monitoramento político" pela PGR
Pedido foi feito ao STF para que sejam solicitados dados das contas de Bolsonaro em redes sociais
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro emitiu um posicionamento nesta terça-feira (18), classificando como uma "tentativa de monitoramento político" o pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que sejam solicitados dados das contas de Bolsonaro em plataformas de redes sociais.
O pedido da PGR inclui plataformas como Instagram, LinkedIn, TikTok, Facebook, Twitter e YouTube e requer, entre outras informações, a "integralidade das postagens" de Bolsonaro sobre temas como eleições, urnas eletrônicas, Tribunal Superior Eleitoral, Supremo Tribunal Federal e Forças Armadas, além de fotos e/ou vídeos relacionados a essas temáticas.
A PGR também deseja que as empresas forneçam detalhes sobre as visualizações, curtidas, compartilhamentos, comentários e outras métricas relacionadas às publicações do ex-presidente, e ainda solicita a lista completa dos nomes e dados de identificação de todos os seus seguidores.
Em uma nota assinada pelos advogados Fábio Wajngarten, Daniel Bettamio Tesser e Paulo Amador da Cunha Bueno, a defesa de Bolsonaro enfatiza que ele nunca incitou ou teve envolvimento em quaisquer atos ocorridos na Praça dos Três Poderes em 08/01, e que já se posicionou discordantemente sobre o assunto.
No entanto, a defesa expressa grande preocupação com a solicitação da lista completa de seguidores, considerando que não há conexão lógica com o fato em apuração, e descreve tal medida como uma "inaceitável e absurda tentativa de monitoramento político".