Defesa de Bolsonaro volta a pedir acesso a inquérito das jóias e cita Dino em argumento
Segundo o ministro, o ex-presidente será chamado para depor sobre o caso

Foto: Reprodução/Twitter
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a pedir à Polícia Federal o acesso ao inquérito de jóias. Na quarta-feira (15), a PF tinha negado o acesso ao documento com o argumento de que "até o momento", ele não é investigado no caso.
No entanto, agora a solicitação do advogado de Bolsonaro é com base na declaração do ministro Flávio Dino (Justiça), na última segunda-feira (13), segundo a qual Bolsonaro "será chamado para depor" sobre o caso.
Na ocasião, Dino afirmou que Bolsonaro será intimado para depor. "Em algum momento, como investigado, o ex-presidente da República será intimado a prestar depoimento. Caso ele não compareça, nasce uma situação nova em que poderá ou não ter o acionamento dos mecanismos de cooperação internacional. É possível concluir o inquérito independentemente de ele ser ouvido ou não. Mas eu espero que ele compareça e seja ouvido pois é um direito dele como investigado".
O inquérito da PF apura a tentativa de uma comitiva do governo Bolsonaro de trazer ao Brasil em 2021 um conjunto de jóias, sem declarar às autoridades.
Os itens foram presentes da Arábia Saudita, sendo uma parte avaliada em R$ 16,5 milhões, mas acabou sendo apreendida pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos.
A outra parte foi avaliada em R$ 500 mil e entrou no Brasil sem ser detectada pela Alfândega e foi entregue a Bolsonaro.