Defesa de Braga Netto diz que condenação se sustenta em mentiras de Cid e que irão recorrer à decisão
General foi condenado a 26 anos de prisão em regime fechado no julgamento da trama golpista

Foto: Beto Barata/PR
A defesa do general Braga Netto, condenado a 26 anos de prisão em regime fechado na noite de quinta-feira (11), na ação penal da trama golpista, voltou a criticar a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. Segundo os advogados, "o delator mentiu" durante a colaboração.
"Está provado nos autos que o delator mentiu sobre a visita acontecida na residência do General. Por outro lado, o delator reconheceu expressamente na acareação que não possui nenhuma prova da suposta entrega do dinheiro. Ainda, o delator declarou mais de uma vez que nem sequer conhecia plano Punhal Verde Amarelo ou operação Copa 2022", afirmou a defesa de Braga Netto em nota à CNN.
"A Turma encampou a narrativa da acusação contra o General Braga Netto, apesar de não haver provas de sua participação em qualquer crime. O que sustenta essa acusação são as mentiras do delator, que jamais poderiam basear uma condenação", complementou.
Os advogados também afirmaram que irão recorrer à decisão, "incluindo às Cortes Internacionais".
Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro durante as eleições de 2022, foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de participar da elaboração do plano Copa 2022, operação que seria liderada por militares kids-pretos, que visava o sequestro e homicídio do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Em um dos depoimentos, Cid chegou a afirmar que Braga Neto entregou a ele dinheiro em uma sacola de vinho para o financiamento das ações do plano do golpe.