Defesa de Carlos Bolsonaro reclama de restrições no acesso à investigação da "Abin paralela"
Autorização às informações foi concedida pelo ministro Alexandre de Moraes
Foto: Agência Brasil
A defesa do vereador Carlos Bolsonaro afirmou que não teve acesso à íntegra da investigação da "Abin paralela", apesar da autorização concedida pelo ministro Alexandre de Moraes.
O advogado Antonio Carlos Fonseca, representante do vereador, disse que, apesar da permissão judicial, apenas documentos referentes à busca e apreensão foram liberados. Esses incluem o pedido da Polícia Federal, a manifestação da Procuradoria Geral da República e a decisão do ministro Alexandre de Moraes. No entanto, a defesa foi negada no acesso ao inquérito que deu origem à operação.
Fonseca expressa sua preocupação, destacando que essa limitação é recorrente no Brasil e dificulta a preparação adequada da defesa. Ele ressalta a importância de compreender todos os detalhes da investigação para uma defesa eficaz.
A decisão de Moraes especifica que o acesso concedido é apenas aos elementos de prova relacionados à petição 12.155/DF, proporcionando "conhecimento das investigações a eles relacionadas". O termo "eles" refere-se a Carlos Bolsonaro e à assessora Priscila Pereira e Silva.
O ministro também destacou a "desnecessidade de formular novos pedidos para acesso a documentos que venham a ser futuramente juntados até o final da investigação". Os documentos físicos para a defesa foram disponibilizados no Supremo Tribunal Federal na quarta-feira (31).