Defesa de Marcelo Câmara pede revogação de prisão preventiva
Coronel é ex-assessor de Bolsonaro e réu na ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado
Foto: Reprodução
A defesa do coronel Marcelo Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e réu na ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado, solicitou nesta segunda-feira (23) a revogação da prisão preventiva.
Em manifestação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Eduardo Kuntz afirma que procurou o tenente-coronel Mauro Cid por conta própria, antes do ministro Alexandre de Moraes determinar que ele não poderia manter contato com outros investigados no inquérito do golpe.
"Nas ocasiões em que ocorreram os contatos entre o delator e este advogado (repise-se: por iniciativa exclusiva do coimputado Mauro César Barbosa Cid) não havia nenhuma restrição relacionada à incomunicabilidade das partes, de modo que não há falar-se em descumprimento de qualquer medida imposta por esta eminente relatoria por parte do agravante", afirma a solicitação.
A prisão de Marcelo Câmara foi decretada por Moraes após o advogado entregar ao STF mensagens que, segundo ele, foram trocadas com Mauro Cid pelo perfil no Instagram @gabrielar702.
Para o ministro, Marcelo Câmara tentou, por meio de seu advogado, obter dados sigilosos relacionados ao acordo de colaboração premiada de Cid. Esse foi o mesmo motivo que resultou na prisão preventiva do general Walter Braga Netto.
Além disso, Moraes também entendeu que o delegado descumpriu a decisão que o proibia de acessar as redes sociais "próprias ou por terceira pessoa" e de manter contato com outros investigados.
Caso não seja aceita pelo ministro relator, a defesa solicita que a revogação seja levada ao colegiado da Primeira Turma.
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