Defesa de réus de suposta trama golpista tem até quarta (13) para entregar alegações finais
Após apresentação da 'defesa final', Alexandre de Moraes deve preparar voto para julgamento, previsto para setembro

Foto: Reprodução/Antonio Augusto/STF
As defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos outros sete réus do núcleo crucial do caso da suposta tentativa de golpe de Estado devem apresentar a "defesa final" ao Supremo Tribunal Federal (STF) até quarta-feira (13). Com o parecer das últimas considerações da defesa dos investigados, o processo entra na fase final de instrução, para ser julgado pela Primeira Turma.
A Procuradoria-Geral da República (PGR), já finalizou as atribuições e solicitou a condenação dos oito réus. Segundo a PGR, Bolsonaro teria liderado a organização criminosa armada que pretendia dar um golpe de Estado para mantê-lo na presidência, mesmo após a derrota eleitoral de 2022.
O grupo citado e denunciado pela PGR é composto pelos ex-ministros WalterPossível erro de concordância de número.
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Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Anderson Torres; além do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); o ex-comandante da Marinha Almir Garnier; e ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
A defesa de Cid já entregou as considerações finais, por conta do acordo de delação premiada assinada pelo ex-ajudante de ordens. Na versão entregue pela defesa dele, foi negada qualquer intenção golpista e relatado que todas as ações de Cid foram tomadas em cumprimento de ordens, do comandante do Exército, general Freire Gomes.
A defesa do delator ainda apresentou diálogos como provas de que Cid se posicionou contra o suposto golpe de Estado.
Após a apresentação das alegações das defesas de todos os réus, o relator, ministro Alexandre de Moraes, poderá elaborar o próprio voto e liberar o processo para julgamento. A expectativa é de que o julgamento ocorra no mês de setembro, embora a data ainda não tenha sido agendada pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin.
Caso os réus sejam condenados após o julgamento, eles devem responder criminalmente por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano qualificado ao patrimônio público e deterioração de patrimônio tombado.
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