Defesa do hacker Walter Delgatti recorre de condenação por calúnia contra Bolsonaro
Advogados pedem revisão da sentença que condenou Delgatti por acusar Bolsonaro de grampear ministro do STF
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
A defesa de Walter Delgatti Neto recorreu nesta sexta-feira (16) da sentença que o condenou à prisão por calúnia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão, emitida em 29 de julho pelo juiz Omar Dantas Lima, da 3ª Vara Criminal de Brasília, impôs uma pena de 10 meses e 20 dias de detenção a ser cumprida em regime semiaberto.
Delgatti foi condenado por afirmar, durante depoimento à CPI Mista dos Atos Golpistas em agosto do ano passado, que Bolsonaro teria grampeado o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A defesa de Bolsonaro acionou a Justiça alegando crime contra a honra.
Os advogados de Delgatti pedem que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) revise o caso e determine sua absolvição. Eles argumentam que não houve calúnia, pois a afirmação de Delgatti não atribuiu a Bolsonaro qualquer conduta definida como crime. Caso a absolvição não seja concedida, a defesa solicita que a pena seja reduzida ou convertida em restritiva de direitos.
Delgatti está preso desde o ano passado em outro processo, relacionado à inserção de dados falsos no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).