Deficiências operacionais na Refinaria de Mataripe expõem riscos de desabastecimento na Bahia
Sindipetro denuncia problemas na refinaria após episódios que afetaram a produção de combustíveis e gás de cozinha
Foto: Divulgação
Quando assumiu o controle da Refinaria Landulpho Alves (Rlan), rebatizada como Refinaria de Mataripe, em dezembro de 2021, a Acelen prometia inovação e crescimento. No entanto, dois anos e quatro meses depois, a realidade mostra sinais de deficiência operacional, colocando em risco o abastecimento de combustíveis e gás de cozinha em toda a Bahia. As informações são do Metro1.
Após denúncias do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro), baseadas em relatos de operários, foram revelados problemas graves na produção da refinaria. O diretor de Comunicação do Sindipetro, Radiovaldo Costa, ressaltou que a empresa tentava ocultar essas falhas.
Os problemas operacionais, exacerbados pelas fortes chuvas sobre o Recôncavo, resultaram na paralisação e falhas em unidades essenciais da refinaria. O risco de desabastecimento, especialmente de gás de cozinha, levou a medidas emergenciais, como o retorno de uma embarcação carregada com o produto à Bahia para garantir o suprimento interno.
Em 2022, uma série de manutenções na planta já havia afetado o volume de botijões de gás de cozinha. Embora longe de um colapso, empresas varejistas enfrentaram dificuldades para atender à demanda normal dos consumidores.
A Acelen reconheceu publicamente os problemas operacionais e anunciou medidas para garantir a continuidade do fornecimento. No entanto, a política de preços adotada pela empresa, que segue o mercado internacional, é alvo de críticas, causando oscilações frequentes nos preços dos combustíveis.
Esses problemas coincidem com as negociações da Petrobras para reassumir o controle da refinaria. Embora as tratativas ainda estejam em curso, espera-se que avanços ocorram nos próximos meses, visando restabelecer a estabilidade na produção e no abastecimento de combustíveis na Bahia.