Delação de Sérgio Cabral compromete nomes do Judiciário
Ex-governador soma 13 condenações que somam 280 anos de prisão
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Foi homologada pelo ministro do STF, Edson Fachin, relator da Lava Jato, a delação premiada de ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, preso desde 2016. Cabral tem 13 condenações que somam mais de 280 anos de prisão. O acordo de delação tem 20 anexos referentes a pessoas com foros especial, incluindo nomes do Judiciário.
Cabral dispõe de uma lista de 97 nomes de juízes, desembargadores, ministros de tribunais superiores e membros do Ministério Público.
O ex-governador se comprometeu, para ter acesso a benefícios, como a redução de pena, a devolver R$ 380 milhões recebidos por meio de propina quando ele ocupava o cargo no Rio de Janeiro. No entanto, ao contrário do que faz o Ministério Público, a PF não decidiu, no momento da assinatura, quais benefícios seriam concedidos a Cabral. O acordo segue em segredo de Justiça.
Sérgio Cabral, em um dos anexos, detalha ainda a compra do apoio do PSD à candidatura de Luiz Fernando Pezão ao governo do Rio de Janeiro, em 2014. A negociação dos valores da propina foi feita diretamente com Gilberto Kassab e Índio da Costa.
