Demissão de Mandetta pauta discussão nas redes sociais

A saída de Mandetta gerou repercussão imediata tanto nas redes sociais quanto no Congresso Nacional. No twitter, assim que saiu a troca de comando do ministério da Saúde, no final da tarde desta quinta-feira (16), os assuntos mais comentados eram "ministro da Saúde", "Fique em Casa", "Impeachment do Bolsonaro" e "Panelaço". No Congresso, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), agradeceu no Plenário o trabalho de Mandetta, que disse ter deixado uma estrutura para que governo, estados e municípios tenham condições para atender os brasileiros.

"A nossa homenagem a sua dedicação, trabalho, competência. Sua capacidade de compreensão do problema e de construir as soluções, também de diálogo com toda sociedade e parlamento brasileiro", falou Maia. Ele foi apoiado pelo líder de seu partido, o Democratas, Efraim Filho, que disse que todo o Brasil lamenta a saída de Mandetta, que "conquistou a confiança e o respeito da família brasileira" e salvou vida com decisões técnicas, baseadas na ciência. 

O líder do PSB na Câmara, deputado Alessandro Molon, criticou Jair Bolsonaro que teria escolhido "o caminho da negação" e guiado suas decisões pelo "achismo". Para ele, a demissão de Mandetta é irresponsável. O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, definiu como lamentável. 

"Mandetta se tornou alvo de críticas e intrigas dentro do governo nos últimos dias, justamente por estar fazendo um bom trabalho, alinhado à ciência, aos organismos e às autoridades internacionais. O que se espera, neste momento, é que seu substituto mantenha a linha de atuação que os países, na sua grande maioria, estão adotando. Não é possível que o mundo inteiro esteja errado. São vidas que estão em jogo e o esforço para preservá-las deve estar acima de disputas políticas e ideológicas”, afirmou o tucano.

No Senado, Antonio Anastasia (PSD-MG), registrou que Mandetta "com muito esforço e dedicação", honrou os brasileiros com base nos seus conhecimentos técnicos e científicos. "Ao novo ministro Nelson Teich desejo sucesso e um bom trabalho. O Brasil necessita e espera isso, especialmente nesse momento", complementou Anastasia.

Em tom de questionamento, o senador baiano Angelo Coronel, escreveu nas redes que "a lei na corte Bolsonarista está bem clara: Cale-se ou será demitido. Mandetta não aceitou a subserviência e caiu. A fila está aumentando. Até quando meu Deus?", questionou.