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Demora no acesso a soro antiofídico pode ser fatal em caso de picada de cobra

Pesquisa alerta para importância do tempo de atendimento

Por Da Redação
Ás

Demora no acesso a soro antiofídico pode ser fatal em caso de picada de cobra

Foto: Getty Images

Dados de um levantamento feito por pesquisadores brasileiros mostram que  na maior parte dos municípios onde há maior risco de picadas de cobra o tempo para se obter o soro antiofídico pode ser fatal. Publicado na revista científica digital Plos One, o artigo ‘Geographical accessibility to the supply of antiophidic sera in Brazil: Timely access possibilities’ apresenta informações sobre a possibilidade de se chegar às unidades de saúde provedoras de soro a partir da relação entre distribuição populacional e tempo de deslocamento. 

O estudo levantou áreas com alta incidência de acidentes ofídicos, com população dispersa, o que dificultaria o socorro, como na região Norte do Brasil, mas também em áreas do Maranhão e Mato Grosso, que mostra o acesso ao soro antiofídico nos estados brasileiros. De acordo com os pesquisadores, o risco da demora é grave porque leva as pessoas a utilizarem métodos caseiros para controlar os efeitos da picada. Essa realidade, porém, pode levar a complicações físicas como amputações de membros ou até a morte.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a picada de cobra é considerada como uma doença tropical negligenciada, devido ao alto número de acidentes em várias regiões do mundo, especialmente, nas áreas rurais de países tropicais. A picada mata entre 81 mil e 138 mil pessoas por ano e causa cerca 400 mil casos de incapacidade permanente, como amputações ou perda definitiva da visão, além do estresse pós-traumático que as vítimas sofrem após as picadas. 

Todo o relatório foi desenvolvido pelos pesquisadores Ricardo Dantas e Diego Ricardo Xavier, do Icict/Fiocruz, e Maurício Gonçalves e Silva, do IBGE. O levantamento cruzou dados populacionais do IBGE com informações do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox/Icict/Fiocruz) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan/Ministério da Saúde), além de usar sistemas como Google Maps e Google Street View, e até mesmo o NASA’s SRTM - Shuttle Radar Topography Mission.

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