• Home/
  • Notícias/
  • Saúde/
  • Dengue: Bahia segue crescimento nacional e tem quase 30 mil casos suspeitos
Saúde

Dengue: Bahia segue crescimento nacional e tem quase 30 mil casos suspeitos

Apesar dos altos números, o período de incidência da doença já era previsto pelo Ministério da Saúde

Por Stephanie Ferreira
Ás

Dengue: Bahia segue crescimento nacional e tem quase 30 mil casos suspeitos

Foto: Reprodução/Pixabay

Seguindo a crescente de casos de dengue registrados no país neste ano, a Bahia contabilizou até o dia 2 de março, 29.982 pessoas infectadas, alcançando um aumento de 209,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Até o momento, são nove mortes causadas pela doença e, ao todo, 122 municípios baianos em estado de epidemia, 51 seguem em risco e 34 em estado de alerta. 

Em Salvador, segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), entre 31 de dezembro de 2023 a 26 de fevereiro de 2024, foram 1.066 casos, um número menor que o ano anterior (1082). No cenário nacional, 278 óbitos foram confirmados e mais 744 estão em investigação. E ao todo, são 1.212,263 casos prováveis em todo o Brasil, apenas 446.553 a menos que todo o ano de 2023, de acordo com o painel de dados do Ministério da Saúde, até o dia 4 de março. 

Apesar dos números assustarem, o período de incidência da doença já era previsto pelo Ministério que aponta como influência as mudanças climáticas que favorecem a reprodução do mosquito Aedes aegypti responsável por transmitir esta e outras arboviroses (zika e Chikungunya). Além disso, os meses de janeiro e fevereiro também foram os meses com mais casos em 2023. 

“A gente tá em um período que é de sazonalidade para as arboviroses, onde a gente já espera que possa existir um aumento de casos. Contudo, desde o ano passado, o Ministério da Saúde, a Organização Panamericana de Saúde, já vêm informando da possibilidade de que o país viveria um aumento significativo no número de casos frente a mudanças climáticas e todos os outros fatores que são propícias ao surgimento do vetor e sua permanência que está ligada a fatores climáticos com a ocorrência de chuvas”, afirmou a coordenadora da Coordenação de Doenças Transmitidas por Vetores (CODTV), setor vinculado à Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), Sandra Oliveira. 

A coordenadora ressaltou que apenas ações governamentais não conseguem conter a transmissão do mosquito, uma vez que o criadouro é feito em água parada que pode ser acumulada em qualquer lugar, especialmente em residências. 

“Na verdade, toda a população deve ter essa sensibilização e conscientização do que pode ser evitado. E, com isso, realizar essas medidas e fazer toda a eliminação necessária de possíveis criadores para o vetor e, aliado a isso, que os órgãos governamentais também contribuam com ações que possam minimizar esses impactos ambientais”, disse. 

Vacina 

Disponibilizada desde o dia 9 de fevereiro para a imunização de crianças e pré-adolescentes de 10 a 14 anos, no estado baiano 38.220 doses foram aplicadas, aponta a Sesab. Na capital baiana, de acordo com a SMS, 16 mil pessoas estão imunizadas, apenas 18,33% do total apto (87.307) para receber a vacina.

“A gente percebe que apesar de nós já termos disponibilizadas as doses para os municípios, ainda há uma adesão pequena. A vacina é importante, é segura e foi implementada dentro do Calendário Nacional de Imunização pelo Ministério da Saúde”, afirma Sandra Oliveira. 

Em Salvador, as doses estão disponíveis nos 109 postos de saúde, que funcionam das 8h às 16h, de segunda a sexta-feira, a vacina também está disponível em três shoppings centers da capital baiana: Salvador, Bela Vista e Paralela, das 9h às 16h. Um atendimento no sistema de drive thru também foi montado no 5º Centro de Saúde, na Avenida Centenário, das 8h às 16h.

Dengue 

A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também é responsável pela transmissão de outras doenças como zika e chikungunya. Os sintomas da doença podem variar de leves a graves e, em alguns casos, podem levar à morte. Os principais sintomas incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulares, náuseas, vômitos e erupções cutâneas. Em casos mais graves, a dengue pode evoluir para a dengue hemorrágica, caracterizada por sangramento, baixa contagem de plaquetas e danos aos órgãos.

O diagnóstico da dengue é geralmente realizado por meio de exames de sangue, que podem detectar a presença do vírus. Não há tratamento específico para a dengue, e o cuidado primário concentra-se no alívio dos sintomas. Recomenda-se repouso, ingestão adequada de líquidos e, em casos mais graves, hospitalização para monitoramento e tratamento adequado.

Prevenção

O combate à dengue cabe a todos, já que medidas simples podem contribuir para a eliminação de criadouros do mosquito, como recipientes com água parada. O uso de repelentes, telas em janelas e portas, e roupas que cubram a maior parte do corpo também são estratégias importantes para evitar picadas de mosquitos. 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br

Faça seu comentário

Nome é obrigatório
E-mail é obrigatório
E-mail inválido
Comentário é obrigatório
É necessário confirmar que leu e aceita os nossos Termos de Política e Privacidade para continuar.
Comentário enviado com sucesso!
Erro ao enviar comentário. Tente novamente mais tarde.