Denúncia de Érika Hilton de transfobia perde força após laudo da Polícia Legislativa
Não foram identificadas imagens das possíveis agressões transfóbicas
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Após a deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) alegar ter sofrido agressões transfóbicas por parte do colega deputado federal Abilio Brunini (PL-MT) durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, a Polícia Legislativa do Senado Federal informou que não identificou as supostas agressões nas imagens do Circuito Interno de TV da Casa.
O presidente da CPI, Arthur Maia (União Brasil-BA), havia determinado que a Polícia Legislativa investigasse as imagens da comissão para averiguar a denúncia.
Segundo a Jovem Pan, o laudo da polícia aponta que não é possível determinar se houve agressão a partir das imagens e áudio registrado nas imagens. “As imagens registradas pela TV Senado não mostram o deputado Abílio Brunini (PL-MT). Quanto à faixa de áudio armazenada no mesmo arquivo de mídia, após tratamento, especialmente com a supressão de partes do sinal provenientes da fonte sonora principal (fala da deputada Erika Hilton) e considerando a percepção auditiva do examinador, constatou-se fragmento de fala que se assemelha aos termos ‘tem serviço’, porém de entendimento duvidoso, podendo variar conforme a compreensão de cada ouvinte”, diz o documento.
O laudo enfraquece a denúncia que a Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que o deputado seja investigado por suposta prática fala transfóbica e de violência política e de gênero contra a parlamentar em sessão da CPMI.