Denúncia dos EUA motivou abertura de investigação contra ministro do Meio Ambiente
Informação é da Polícia Federal
Foto: Agência Brasil
De acordo com a Polícia Federal (PF), a Operação Akuanduba, deflagrada nesta quarta-feira (19), teve início a partir de informações da embaixada dos Estados Unidos no Brasil. A ação contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, apura indícios de contrabando de madeira da floresta amazônica. Na decisão em que autorizou a operação, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirma que, com base em depoimentos e documentos, há suspeitas sobre a existência de "grave esquema de facilitação ao contrabando de produtos florestais”.
Além disso, ele afirma que, além de documentos, a embaixada “forneceu à Polícia Federal amostras das respectivas madeiras apreendidas pelas autoridades norte-americanas”. "As amostras foram colhidas em consonância com as diretrizes estabelecidas pela equipe do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal e, atualmente, encontram-se acauteladas nesta unidade policial.”
Ainda na decisão, Moraes detalha trechos do ofício encaminhado pela embaixada dos Estados Unidos à Polícia Federal, segundo o qual a apuração começou em janeiro de 2020, quando o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos (FWS) deteve para inspeção três contêineres de madeira exportados do Brasil, no Porto de Savannah, na Geórgia.