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Depois de comentário de presidente da Conmebol, Brasil afirma que fundação 'falha' de modo contínuo na luta contra o racismo

Alejandro Domínguez declarou que Libertadores sem times do Brasil 'seria como Tarzan sem Chita'

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Depois de comentário de presidente da Conmebol, Brasil afirma que fundação 'falha' de modo contínuo na luta contra o racismo

Foto: Reprodução/Instagram

O Ministério das Relações Exteriores publicou nesta quarta-feira (19) uma nota em que declara que a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) "falha reiteradamente" na luta contra o racismo no esporte.

A nota foi publicada como resposta a uma fala do presidente da entidade, Alejandro Domínguez, em que ele declarou que uma eventual edição da Taça Libertadores sem a presença de equipes brasileiras "seria como Tarzan sem Chita".

A fundação tem recebido cobranças por times brasileiros devido as constantes ações de racismo realizados por jogadores e torcedores de outros países contra atletas e torcedores negros. Esses acontecimentos são constantes em partidas de campeonatos feitos pela Conmebol.

"O governo brasileiro repudia, nos mais fortes termos, as declarações do Presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol [...] em entrevista à imprensa após cerimônia de sorteio da fase de grupos dos torneios promovidos por aquela entidade", declarou o Itamaraty.

"As declarações ocorrem em contexto em que as autoridades da Conmebol têm reiteradamente falhado em adotar providências efetivas para prevenir e evitar a repetição de atos de racismo em partidas por ela organizadas, incluindo medidas para combater a impunidade e promover a responsabilização dos responsáveis", adicionou o ministério.

Conmebol necessita 'reprimir' atos racistas

No ato mais atual de racismo no futebol, aponto no início de março, o jogador Luighi, do Palmeiras, foi o foco de ataques no momento da partida pela Libertadores Sub-20, no Paraguai.

Quando ele estava em campo, torcedores paraguaios imitavam macacos. Depois da partida, o atleta indagou, em entrevista, até quando as pessoas vão admitir esse tipo de comportamento.

O caso causou protestos públicos do presidente do Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de várias autoridades, que pediram pela punição dos responsáveis pelos atos racistas.

"Todo apoio ao nosso jovem Luighi, do Palmeiras, vítima de ato racista no Paraguai. O futebol significa trabalho coletivo, superação e respeito. Racismo significa o fracasso da humanidade. Basta de ódio disfarçado de rivalidade", postou Lula em uma rede social no momento.

Na nota publicada depois das falas do presidente da Conmebol, o governo brasileiro alegou que a fundação trabalhe para "coibir e reprimir" atos de racismo, proporcionando políticas de igualdade racial e procurando aumentar o "acesso de pessoas afrodescendentes, imigrantes e outros grupos vulneráveis ao esporte".

"O governo brasileiro reitera seu compromisso com iniciativas de combate ao racismo e de promoção da igualdade racial, inclusive medidas contra qualquer tipo de discriminação nas diferentes modalidades de esportes", declara a nota.
 

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