Deputado estadual Leandro de Jesus cobra CPI do MST após após três novas invasões na Bahia
Segundo o parlamentar, o número de ocupações no governo Lula já supera o mandato de Jair Bolsonaro
Foto: Divulgação
Novas três invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram registradas na Bahia nesta segunda-feira (24). Desta vez, propriedades localizadas Baixo Sul, Extremo Sul e Norte baianos foram alvo do grupo, o que gerou críticas do deputado estadual Leandro de Jesus (PL), que voltou a cobrar a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar esses atos.
A primeira foi na fazenda Mata Verde, que fica no município baiano de Guaratinga. As outras duas aconteceram na madrugada de domingo (23) em Juazeiro e na fazenda Jerusalém, em Jaguaquara. Diante dos registros, Leandro afirmou ser urgente a instauração da mesma. O documento foi assinado por 29 parlamentares da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
"A CPI tem a função de investigar fato de relevante interesse público que afete a ordem constitucional, econômica ou social. É evidente que as invasões promovidas pelo MST têm prejudicado centenas de produtores rurais e suas famílias. Além do mais, todos os fatos que ensejaram o requerimento para a instalação da CPI foram devidamente descritos. É também uma questão de segurança pública, interesse social e econômico, competência do Estado. Tudo o que queremos é transparência sobre o que está acontecendo", disse o deputado.
O último levantamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), publicado no início de abril deste ano, já registrava 16 invasões em três meses. Com as três deste final de semana, o número sobe para 19. No entanto, segundo relatos de produtores rurais, mais de 40 ocupações já foram realizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
"Quatro meses de governo Lula e as invasões já superaram todo o primeiro ano de mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro. Apesar do PT falar que não tem nada a ver com o Movimento, é fato que existe um apoio. Quem sofre com isto é o proprietário, o produtor, o trabalhador rural", completou.