Política

Deputado Gustavo Gayer é alvo da PF em operação contra desvio de cota parlamentar

Somente na casa de um assessor de Gayer foram apreendidos R$ 70 mil em dinheiro vivo

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Deputado Gustavo Gayer é alvo da PF em operação contra desvio de cota parlamentar

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O deputado federal Gustavo Gayer (PL) é alvo de mandados de busca e apreensão da Polícia Federal (PF), na manhã desta sexta-feira (25), em operação contra suspeitos de desviar recursos públicos da cota parlamentar e falsificar documentos para beneficiar uma organização da sociedade civil.

As ordens judiciais são cumpridas na casa do deputado e no imóvel funcional dele em Brasília. Assessores de Gayer também são alvos. Somente na casa de um deles, a PF apreendeu R$ 70 mil em dinheiro vivo.


Divulgação/PF

Nas redes sociais, o deputado federal publicou um vídeo onde diz que foi acordado às 6h "com a minha porta sendo esmurrada pela Polícia Federal". Ele revela que o celular, um HD e um cartão de memória foram apreendidos.

“O que eu sei até agora é que esse inquérito foi aberto no mês passado, 24 de setembro, né? Não dá para saber nada, ter nenhuma informação do que se trata [...] Vieram na minha casa, levaram meu celular, HD, meu SSD. Essa democracia relativa está custando caro para o nosso país", disse Gayer no vídeo.

A operação foi chamada de "Discalculia", nome dado a um transtorno de aprendizagem relacionado a dificuldades com matemática. As investigações identificaram uma ata falsificada nos documentos de criação da organização social. No quadro social da entidade, havia nomes de crianças com idades entre 1 e 9 anos.

Ao todo, a PF cumpre 19 mandados de busca em Brasília e em mais quatro cidades de Goiás: Cidade Ocidental, Valparaíso de Goiás, Aparecida de Goiânia e Goiânia. Não há mandados de prisão nessa etapa da operação.

A corporação não divulgou detalhes sobre os envolvidos nem as participações. Inicialmente são investigados os crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato.

Os suspeitos só vão responder efetivamente pelos crimes se uma eventual denúncia apresentada pelo Ministério Público for recebida pela Justiça.

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