Desarmonizar para naturalizar: especialista aponta aumento na reversão de procedimentos estéticos!
Aos detalhes...
Foto: Divulgação
Na contramão dos abusos estéticos, um dos assuntos que vem gerando discussões na comunidade médica e grande procura nos consultórios é a chamada "desarmonização facial". O procedimento, que visa corrigir ou anular os efeitos de intervenções anteriores, tem conquistado famosos e anônimos que agora buscam um resultado mais natural. A prática, no entanto, requer conhecimento prévio e cuidados, como alerta a biomédica esteta Renata Cristina.
"O processo de reversão da harmonização facial consiste em uma enzima de degradação chamada hialuronidase, onde por meio dela se degrada o ácido hialurônico, corrigindo imperfeições ou até mesmo restaurando a aparência natural da pele. Todos podem fazer esse processo, porém é necessário passar por um teste alérgico para saber se deve prosseguir com esta solução. Os possíveis riscos que podem haver são certos desconfortos como hematomas, reações alérgicas, inchaços e vermelhidão", disse a profissional que comanda a RC Concept Clinical, em Salvador.
Se outrora o objeto de desejo era ostentar lábios volumosos, mandíbulas contornadas ou maçãs definidas, agora preza-se pela suavização desses aspectos. Para a biomédica, a tendência é valorizar os traços naturais, fazendo mínimas correções e mantendo a identidade e herança genética de cada paciente.
"O principal motivo dos pacientes decidirem desarmonizar é que o natural voltou à moda. A procura pelo procedimento vem crescendo como consequência da busca incessante pela perfeição. Então, muitas pessoas acabaram fazendo essa autoanálise de que exageraram ou esse exagero veio do próprio profissional, que por ventura não soube administrar a quantidade do produto ou fez a aplicação de forma incorreta. Nestes casos, podem ser recorridas a remoção parcial ou total do produto", disse a esteta, que revelou que o procedimento em sua clínica varia entre R$100 e R$1000.
De acordo com o levantamento da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), o Brasil é o segundo país que mais realizou procedimentos estéticos no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Renata Cristina atribui a alta procura de intervenções que podem ser invasivas à falta de conhecimento e alinhamento entre paciente e profissional.
"As pessoas têm que entender que nem tudo que queremos é o que precisamos. Cada caso é um caso, porém, na maioria das vezes o que se precisa é de apenas cuidados básicos com a pele. Existem procedimentos menos invasivos como o bioestimulador de colágeno e os fios de sustentação, que podem ser usados para restaurar a estrutura da derme. Para chegar nesse entendimento, é de extrema importância o diálogo entre o profissional e o paciente de forma humanizada e aberta sobre os malefícios da realização de procedimentos de forma exacerbada", disse.
A profissional ressalta, por fim, que sendo conduzida por profissionais capacitados, a harmonização facial não traz prejuízos à saúde e pode atingir resultados satisfatórios, sem a necessidade da destransição do procedimento.
"É fundamental optar por um ou uma profissional qualificado(a), que vai avaliar e explicar o que de fato precisa ser feito, sem quantidades exageradas, visando somente na melhora da qualidade e harmonia do rosto, sem ter grandes transformações", finalizou.
A RC Concept Clinical (@rcclinical) fica localizada no Salvador Trade Center, sala 2211, no bairro Caminho das Árvores, Salvador. O consultório funciona nas quartas, quintas e sextas, das 9h às 20h.