Desembargadores do TJ são alvos da PF em Minas Gerais e São Paulo
Investigação aponta participação de esquema criminoso

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Desembargadores do Tribunal de Justiça (TJ) acusados de terem participação em esquema criminoso são alvos da Polícia Federal, na manhã de hoje (18), onde cumprem 12 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais e São Paulo. As medidas foram determinadas pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Jorge Mussi.
A investigação foi instaurada após os policiais terem coletado novas provas na Operação Capitu, onde identificaram mensagens no telefone de um advogado, que indicava a prática de diversos delitos, sendo alguns com participação de desembargadores do TJ-MG.
De acordo com a PF, as provas incluem pagamentos indevidos ao desembargador para que ele pudesse intervir junto a colegas e até a autoridades de órgãos fora do Judiciário para a adoção de medidas de interesse dos envolvidos no esquema. Além da existência de contratos superfaturados de prestação de serviços por um advogado, que seria o principal operador do grupo.
No telefone apreendido, as conversas tratavam sobre estratégias jurídicas para adiar o julgamento de processos na Corte, pedido de interferência em demandas junto ao Executivo e até solicitação de reajuste salarial para uma sobrinha do desembargador, que trabalhava para um dos grupos empresariais beneficiado pelo esquema.