Desenrola: governo aumenta limite de dívidas na última fase do programa

Com a conclusão da verificação dos dados dos devedores brasileiros, o Ministério da Fazenda iniciará a última etapa do programa Desenrola Brasil na próxima semana. Este projeto, implementado durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem como objetivo principal a redução da inadimplência no país.

Entre segunda e quarta-feira da próxima semana, empresas credoras e bancos participarão de leilões que oferecerão descontos nas dívidas. Inicialmente, estava prevista a renegociação de dívidas de até R$ 5 mil. No entanto, o governo decidiu expandir a iniciativa para incluir dívidas de até R$ 20 mil.

É importante destacar que o foco principal permanecerá nas dívidas de valores mais baixos, as quais terão prioridade para renegociação e serão garantidas pelo Fundo Garantidor de Operações (FGO). O governo destinou um montante de R$ 8 bilhões para financiar o programa, e os critérios de elegibilidade continuam os mesmos, abrangendo pessoas com renda de até dois salários mínimos ou inscritas no Cadastro Único (CadÚnico).

No total, as dívidas de até R$ 5 mil acumulam um montante de R$ 78,9 bilhões a serem renegociados, abrangendo 65,9 milhões de dívidas. Bancos, varejistas, empresas de serviços de água e saneamento, bem como distribuidoras de eletricidade, terão a oportunidade de participar dessas renegociações. 

Após uma revisão realizada pelo Ministério da Fazenda, um total de 709 empresas agora poderão participar do leilão, beneficiando 32,9 milhões de CPFs que se encaixam nos critérios de renda e limite de dívidas estabelecidos. Quando o recorte sobe para débito de até R$ 20 mil, o estoque de endividamento elegível para o programa aumenta para R$ 161,3 bilhões.