Desmatamento ilegal avança em 13 municípios baianos
Na Bahia, foram indicados mais de 100 alertas de desmatamento em áreas de risco; no país, o Piauí foi o estado mais afetado
Foto: Reprodução/Ibama
Entre os dias 16 e 27 deste mês, a nova edição da Operação Mata Atlântica de Pé, revelou o desmatamento de aproximadamente 300 hectares em 13 municípios da Bahia, abrangendo as regiões do Litoral Norte, Sul, Baixo Sul e Vale do Jiquiriçá.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) informa que em 60% dos casos, foi confirmada a supressão de vegetação nativa com algum indício de irregularidade. O MapBiomas, uma iniciativa colaborativa que utiliza tecnologias avançadas para monitorar o desmatamento no Brasil, através do processamento de imagens de satélite, atuou em conjunto na Operação em todo país.
Na Bahia, foram indicados mais de 100 alertas de desmatamento em áreas de risco, que possibilita a detecção em alta resolução de desmatamentos e infrações ambientais, além dos alertas do programa Harpia do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e da Polícia Federal.
No extremo sul baiano, foram apurados 35 alertas em municípios como Belmonte, Santa Luzia, Canavieiras e Una. Ao todo, mais de 370 hectares de áreas desmatadas estão sendo objeto de embargos e os responsáveis serão multados pelas infrações cometidas e penalizados judicialmente.
No país, foram identificados 17.124 hectares de supressão ilegal de vegetação nativa, superando os 15,4 mil hectares de 2023 e os 11,9 mil hectares de 2022. As multas aplicadas somam mais de R$ 137 milhões e representam o maior valor já registrado em todas as edições da operação.
O Piauí foi o estado mais afetado, com 7.300 hectares desmatados, seguido por Minas Gerais (2.854 hectares) e Espírito Santo (1.029 hectares). Minas Gerais também liderou no valor de multas aplicadas, com mais de R$ 56,2 milhões em penalidades.