Dez indiciados pela PF por tentativa de golpe ficaram de fora da denúncia da PGR
Entre nomes, estão o do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-assessor da Presidência Tércio Arnaud
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Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 33 pessoas por crimes contra a democracia. Porém, dez pessoas que haviam sido indiciadas pela Polícia Federal (PF) durante as investigações em novembro do ano passado não integraram esta denúncia. Entre elas estão o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-assessor da Presidência Tércio Arnaud.
Além disso, outros cinco nomes, que não aparecem no relatório da PF, foram denunciados pela PGR. Entre eles, está o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques.
Na denúncia, a PGR acusa o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas dos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Outros militares também compõem a denúncia, como o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa Braga Netto e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Confira quem ficou de fora da denúncia da PGR:
1. Alexandre Castilho Bitencourt da Silva - coronel do Exército e um dos autores do documento de teor golpista "Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa e Exército Brasileiro";
2. Amauri Feres Saad - advogado descrito na CPI dos Atos Golpistas como "mentor intelectual" da minuta do golpe encontrada com Anderson Torres;
3. Anderson Lima de Moura - coronel do Exército e um dos autores do documento "Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa e Exército Brasileiro";
4. Aparecido Portela - suplente da senadora Teresa Cristina (PL-MS), ministra da Agricultura durante o governo Bolsonaro;
5. Carlos Giovani Delevati Pasini - coronel do Exército suspeito de ter participado na escrita da "Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa e Exército Brasileiro";
6. Fernando Cerimedo - empresário argentino que questionou a segurança das urnas eletrônicas durante as eleições de 2022;
7. José Eduardo de Oliveira e Silva - padre da diocese de Osasco;
8. Laercio Vergilio - General da reserva;
9. Tércio Arnaud - ex-assessor de Bolsonaro e considerado um nome importante no chamado "gabinete do ódio".
10. Valdemar Costa Neto - presidente do PL
Saiba quem não estava no relatório da PF e foi denunciado pela PGR:
1. Fernando de Sousa Oliveira - chefe da Secretaria de Segurança durante os atos golpistas do 8 e janeiro;
2. Márcio Nunes de Resende Júnior - Coronel do Exército;
3. Marília Ferreira de Alencar - ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF;
4. Rodrigo Bezerra de Azevedo - responsável por liderar ações de campo voltadas ao monitoramento e neutralização do ministro Alexandre de Moraes.
5. Silvinei Vasques - ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF);
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