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Dezembro Laranja: Bahia tem redução de 63% nos diagnósticos de câncer de pele durante pandemia da Covid-19

Pandemia da Covid-19 dificultou o acesso da população ao sistema de saúde

Por Da Redação
Ás

Dezembro Laranja: Bahia tem redução de 63% nos diagnósticos de câncer de pele durante pandemia da Covid-19

Foto: Reprodução

Tipo de câncer mais comum entre os brasileiros, o câncer de pele acomete cerca de 30% das pessoas no país, segundo o instituto Nacional do Câncer (INCA), compatível com estimativas mundiais. Com estimativa de aproximadamente 185 mil novos casos identificados por o ano 2020. 

A pandemia de covid-19 tornou esse cenário ainda mais dramático, já que levou muitas pessoas a evitar os hospitais e a procurar atendimento médico, a não ser em situações de urgência.

A pandemia afastou ainda pacientes de câncer de pele de consultórios e ambulatórios, comprometendo o diagnóstico da doença e, consequentemente, o tratamento precoce. 

Em 2019, foram 210.032 pedidos de biópsias para detecção do câncer de pele, entre janeiro e setembro. Em 2020, no mesmo período, foram 109.525, 48% a menos, os dados são da Sociedade Brasileira de Dermatologia(SBD).

Na Bahia, os dados são ainda mais alarmantes, 63% da população deixou de ser diagnosticada. 

Na busca de conscientizar a população sobre a doença, a SBD criou o Dezembro Laranja, iniciativa fundada em 2014 , que completa em 2020, sete anos de luta na prevenção e no diagnóstico do tumor.

“É importante alertar para o diagnóstico e tratamento precoces, pois isso aumenta as chances de cura na maioria dos casos. Quando se fala dos cânceres mais incidentes, se exclui o câncer de pele porque ele destoaria muito nas estatísticas, ele é muito frequente. O câncer de pele acomete aproximadamente 1 em cada 3 pessoas", alerta o Cirurgião Oncológico, especialista em câncer de pele, Dr. Rafael Ribeiro.

A parcela da sociedade mais afetada pela doença são os homens, com idade avançada – acima dos 60 anos, e de pele mais clara.

Essa também foi uma das quedas mais expressivas ligadas diretamente à pandemia. Durante o isolamento social da Covid-19, pessoas com idade de 44 a 80 anos foram as que mais deixaram de fazer as avaliações dermatológicas na comparação entre períodos.

Por exemplo, entre adultos entre 50 e 54 anos, a redução foi de 51%. Em 2019, foram 17.017 atendimentos, já em 2020 foram 8.287.

“Temos percebido uma mudança no perfil esse ano, de casos mais avançados. Provavelmente pacientes que ficaram aguardando o termino da pandemia para procurar atendimento ou retornar o seguimento e quando resolveram retornar, a gente já evidência quadros mais avançados da doença. Os tipos mais comuns de câncer de pele são o carcinoma basocelular e o espinocelular; ambos apresentam altos percentuais de cura, contudo, apresentam alto impacto funcional e estético pelas sequelas locais do tratamento. Já o melanoma é o mais agressivo e potencialmente fatal. No entanto, quando descoberto no início, tem mais de 90% de chance de cura”, explica o oncologista Rafael Ribeiro.

 

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