Dezenove cidades foram afetadas por ácido e pesticida despejados após queda de ponte; veja quais

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) informou nesta segunda-feira (23/12) que o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, com a queda de caminhões, despejou no Rio Tocantins 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, produto químico corrosivo. Ao todo, 19 municípios possivelmente impactados estão a jusante do acidente, até a confluência (encontro) com o Rio Araguaia.

Desse total, há 11 cidades de Tocantins: Aguiarnópolis, Carrasco Bonito, Cidelândia, Esperantina, Itaguatins, Maurilândia do Tocantins, Praia Norte, Sampaio, São Miguel do Tocantins, São Sebastião do Tocantins e Tocantinópolis). As demais situam-se no Maranhão: Campestre do Maranhão, Estreito, Governador Edison Lobão, Imperatriz, Porto Franco, Ribamar Fiquene, São Pedro da Água Branca e Vila Nova dos Martírios.

A ponte, que ficava sobre o Rio Tocantins entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), desabou no domingo (22/12). Três caminhões que transportavam os produtos tóxicos acabaram caindo no rio.

A ANA informou que, em articulação com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão, monitora a qualidade da água do Rio Tocantins, mediante a coleta de amostras em cinco pontos, desde a barragem da usina hidrelétrica de Estreito (TO/MA) até o município de Imperatriz (MA), o qual fica a jusante (rio abaixo) do ponto do desabamento.

A verificação dos parâmetros básicos de qualidade de água nesse trecho do rio deverá ser feita nesta terça (24/12).

Além disso, a ANA solicitou apoio à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb/SP), referência em análise de qualidade de água no Brasil, para avaliar as amostras coletadas e determinar os parâmetros de maior complexidade relacionados ao derramamento de defensivos agrícolas transportados por um dos veículos que caíram na água devido ao desabamento da ponte.