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Dia de Combate ao Fumo: entidades alertam sobre uso do cigarro eletrônico

Consumo do produto aumentou 600% nos últimos seis anos no mundo

Por Da Redação, Agência Brasil
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Dia de Combate ao Fumo: entidades alertam sobre uso do cigarro eletrônico

Foto: Joedson Alves/Agência Brasil

Nesta quinta-feira (29) é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo, data que alerta os mais de 25 milhões de fumantes do Brasil sobre os danos causados pelo tabaco. 

Este ano a Fundação do Câncer reforça o ‘Movimento VapeOFF’ contra os cigarros eletrônicos. Em parceria com a Anup Social, que integra a Associação Nacional das Universidades Particulares (ANUP), a entidade espera mobilizar jovens e adultos a aderirem à campanha de combate ao uso crescente do produto, também conhecido como pod.

Os cigarros eletrônicos contêm nicotina derivada do tabaco, cuja concentração é cerca de duas a três vezes maior do que os cigarros convencionais. 

A campanha contará com uma série de materiais com videoaula encaminhada a professores dos ensinos médio e universitário, além de depoimentos de personalidades, entre elas artistas, autoridades de saúde e influenciadores. 

De acordo com estudo da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o consumo do cigarro eletrônico aumentou 600% nos últimos seis anos, em todo o mundo. Dados do Ministério da Saúde mostram que mais de 1 milhão de pessoas já experimentaram esses dispositivos eletrônicos, apesar de sua comercialização ser proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009. 

Em entrevista à Agência Brasil, o diretor executivo da Fundação do Câncer, cirurgião oncológico Luiz Augusto Maltoni, disse que o foco da campanha é atingir principalmente a população jovem, já que o  tabagismo é considerado doença pediátrica. Segundo o Banco Mundial (BIRD), 90% dos tabagistas começam a fumar antes dos 19 anos, com idade média de iniciação aos 15. 

“Por isso, nosso movimento também visa levar essa questão para as escolas. Queremos incentivar professores a conversar com seus alunos sobre os malefícios do vape”, afirmou Maltoni.

Em parceria com a Anup Social, a Fundação do Câncer criou um kit digital antivape, com peças para serem usadas gratuitamente por todas as escolas públicas e privadas do país. Foram disponibilizadas quatro videoaulas, com questionários para debate nas turmas, cartaz, banner para sites, posts para redes sociais, filtro para Instagram e WhatsApp Card. O acesso ao kit digital pode ser obtido no site.

Mortalidade entre mulheres

Também nesta quinta-feira (29), a fundação lança a sexta edição da pesquisa Info.Oncollect, boletim periódico que traz dados sobre o tabagismo e a mortalidade por câncer de pulmão no Brasil. 

O trabalho revela que embora o Brasil tenha conseguido diminuir a prevalência de fumantes entre os homens, reduzindo em 1% a mortalidade por câncer de pulmão, a mortalidade entre as mulheres aumentou. 

A expansão do número de mulheres fumantes começa a se refletir na mortalidade aumentada entre as mulheres por câncer de pulmão, informou Luiz Augusto Maltoni. “Apesar de haver queda da mortalidade por câncer de pulmão de 1% em todo o país, foi registrado aumento médio de 2% entre mulheres brasileiras, o que pode ser explicado pelo hábito de fumar”.

O levantamento indicou também um elevado número de jovens estudantes que experimentaram o vape, mais de 20% em ambos os sexos. Maltoni estimou que as estatísticas dos malefícios do uso do vape em relação ao câncer de pulmão terão reflexo em 20 anos, já que o câncer de pulmão é uma doença que avança lentamente.

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