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Dia do Migrante acende a importância de iniciativas inclusivas e impulsiona sonhos

Projetos e ações abordam história de pessoas que se deslocam em busca de melhores condições de vida

Por Ane Catarine Lima
Ás

Dia do Migrante acende a importância de iniciativas inclusivas e impulsiona sonhos

Foto: Getty Images

Para marcar o Dia do Migrante, lembrado na próxima sexta-feira (25), debates sobre os fluxos migratórios acentuados e vivenciados globalmente nos últimos anos são realizados nesta semana com o objetivo de, principalmente, pensar meios de acolher e atender as demandas dessa população. Além disso, a data realça a educação, a saúde e o lazer como importantes instrumentos de integração. A imigração é um fenômeno que ocorre quando há o deslocamento de grupos de indivíduos das regiões ou países em que nasceram para terras estrangeiras. O Brasil, por exemplo, é um país formado e construído por várias diferentes nacionalidades, que migraram de seus países com o sonho de obter melhores condições de vida em terras brasileiras. Além disso, é comum também as migrações regionais, que são os fluxos de mudanças dentro de um mesmo país.

Pensando nessa temática da migração regional, o LAR da Bênção Divina, localizado em São Paulo, lançou o espetáculo “Quantos quilômetros mede um sonho?”, que se encontra disponível gratuitamente no YouTube. A obra, que reúne talentos do Coro e Orquestra Experimental da ONG, narra a trajetória da personagem Cida, uma migrante brasileira que parte de Exu (PE), terra de Luiz Gonzaga,  em busca de um sonho. Com uma bicicleta, ela percorre o País, faz amigos, conhece pessoas e se aventura muito. 

O espetáculo começa com uma música tipicamente pernambucana e a orquestração vai se regionalizando e seguindo o fluxo migratório de Cida, conforme se aproxima de São Paulo. “Essa força interior que nos move todos os dias e nos faz acreditar nos nossos sonhos em meio à pandemia nos levou a conseguir apresentar um espetáculo tão incrível como este”, afirmou a presidente do LAR, Fernanda Lancellotti.

Já a diretora artística do LAR da Bênção Divina, Zenaide Denardi, disse ao Farol da Bahia que o objetivo da obra é incentivar as pessoas a sonharem e, além disso, lembrá-las que a educação abre muitas portas. “Todos nós conhecemos a história de um familiar ou amigo que saiu de sua terra natal, sem medir esforços ou distâncias, para realizar um sonho. E a ideia do espetáculo é homenagear essas pessoas, assim como incentivar nossas crianças a sonharem, apesar dos pesares, aproximá-las da cultura brasileira por meio de nosso repertório e destacar quantas portas podem ser abertas através da educação”, disse.

Segundo ela, o processo de construção da obra exigiu muita paciência, disciplina e força de vontade para sair do papel. “Começamos com uma ideia, mas devido ao avanço da pandemia tivemos que alterar roteiro e cronograma diversas vezes. Foi necessário também adaptar os ensaios, entre outras peripécias. Apesar de toda a dificuldade, o espetáculo nasceu e hoje é motivo de muito orgulho para nós”, afirmou.

Assista:

Como a personagem Cida do espetáculo, muitos brasileiros também decidem migrar para outra região em busca de realizar sonhos. Estudantes que prestam provas de concursos públicos em outras regiões, por exemplo, não medem esforços para sair de suas casas em busca de uma vida com melhores condições e perspectivas.

De acordo com o professor Rodrigo Gomes, do AlfaCon Concursos, com o grande peso dos estudos, não vale a pena para alguns concurseiros prestar a prova apenas em sua cidade ou estado. Assim, são muitos aqueles que se tornam migrantes, acabam indo para outro estado e até outra região para ocupar o cargo almejado. Além disso, dentre esses estudantes, existem aqueles que deixam para trás sua antiga vida e migram por escolha, em busca de uma mudança de vida profissional e consequentemente, territorial, cultural e econômica. “Se o concurseiro ficar somente no seu estado ou somente no seu município, ele vai ter um número muito limitado e menos chances. Então, a grande sacada deve ser migrar para outros estados e, às vezes, até para outras regiões em busca dessas oportunidades”, disse o professor ao Farol da Bahia. 

Pandemia e Dia Mundial do Refugiado

Devido a pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, dados do Ministério da Justiça e do Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), divulgados na última terça-feira (22), apontaram uma redução de cerca de 50% o número de imigrantes registrados no Brasil em 2020. Segundo os dados, o número de pedidos de residência por parte de estrangeiros caiu de 181.556 em 2019 para 92.521 em 2020. A queda interrompeu o movimento de aumento contínuo nesses dados que vinha acontecendo desde 2015. "As fronteiras ficaram fechadas boa parte do ano passado. Continuaram vindo algumas pessoas, mas não no volume de antes", explica Tadeu Oliveira, coordenador estatístico do OBMigra.

Para fomentar o debate acerca da situação dessas pessoas, a Organização das Nações Unidas (ONU) designou o Dia Mundial do Refugiado, celebrado a cada ano no dia 20 de junho. A data visa homenagear os refugiados em todo o mundo e estimular a mobilização social e política para a garantia de seus direitos. Neste ano, a data chamou atenção para uma série de problemas enfrentados por pessoas que, por algum motivo, foram forçadas a mudar de país. 

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