Dia do Professor: Mestres batalham diariamente para tornar a escola mais atraente
Referências para alunos, eles se sentem realizados quando disseminam conhecimento
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Eles ensinam e aprendem. Na educação contemporânea, colocam os alunos como construtores e protagonistas do conhecimento. Orientam e instruem. Para os alunos são amigos, referências, exemplos de vida, persistência e luta. Além disso, são formadores de outros profissionais.
Ser professor é um grande desafio. Principalmente, em um estado como a Bahia onde, segundo os últimos dados divulgados este ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quatro em cada dez adolescentes entre 15 e 17 anos deixam a escola ou ainda não chegaram ao ensino médio. O estado tem o segundo maior porcentual de evasão escolar do país, atrás apenas de Sergipe.
Combater esse abandono não é só função dos professores. Mas, os mestres, muitas vezes, agem individualmente e voluntariamente, devido a ausência do poder público, para tornar a escola mais atraente para crianças e adolescentes. Com isso, eles buscam novas metodologias de ensino para prender a atenção e cativar os estudantes para o conhecimento, a pesquisa e a ciência.
E para entender um pouco mais sobre esta profissão no Dia do Professor, o Farol da Bahia conversou com o docente de Geografia Talisson Oliveira, 28 anos. Realização. Esse é o sentimento de Talisson quando constata que tudo o que ensinou na sala de aula foi devidamente compreendido por seus alunos de duas escolas onde ensina em Alagoinhas, no nordeste da Bahia. "É quando percebo que tudo valeu a pena", afirma.
Dura realidade
No entanto, para o docente, exercer essa profissão não é nada fácil. Salários baixos, más condições de trabalho e falta de recursos são dificuldades que os professores enfrentam diariamente nas escolas brasileiras. "Infelizmente nosso papel não é devidamente valorizado, e, ultimamente, nossa categoria vem sofrendo ataques injustos e infundados", ressalta o educador.
Pensar no seu papel enquanto docente na sociedade é um exercício que Oliveira faz diariamente. "Acho que a educação tem um papel fundamental para o desenvolvimento social e econômico da sociedade. Dessa forma penso que meu exercício profissional é um instrumento de transformação social", conclui ele na expectativa de dias melhores.