Diesel vendido por refinaria privada está saindo a 30 centavos mais barato que na Petrobras
A companhia brasileira está vendendo o diesel mais caro que o mercado internacional praticamente desde o início de abril.
Foto: Agência Brasil
O preço internacional do petróleo tem favorecido a importação de diesel e gasolina, pois os importadores estão pagando cerca de 30 centavos mais barato no diesel em relação aos preços da Petrobras, cujo último reajuste aconteceu há 29 dias. Já a gasolina, segundo a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), está 2 centavos mais barata.
O relatório do preço de paridade de importação (PPI) da Abicom desta quinta-feira (20), apontou que a Petrobras teria margem para reduzir o óleo diesel em 30 centavos e o da gasolina, em 2 centavos. A companhia brasileira está vendendo o diesel mais caro que o mercado internacional praticamente desde o início de abril.
Já a Refinaria de Mataripe, que hoje pertence a Acelen, após ser privatizada pela Petrobras em 2021, promoveu reduções nos preços dos dois combustíveis na quarta-feira (19). A empresa realiza reajustes semanais, sempre às quartas-feiras, para equiparar preços com o mercado internacional.
O reajuste feito pelo grupo Acelen foi de 8 centavos no óleo diesel S10 e de 6 centavos na gasolina. Sendo assim, a empresa vende o diesel até 30 centavos mais barato que a Petrobras e a gasolina apenas 2 centavos mais em conta. Já a Petrobras não possui um calendário de reajuste e os faz de forma esporádica.
Entretanto, o mercado internacional tem favorecido para que a petroleira abaixe os seus preços, pois mesmo com o corte feito pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) em 1,6 milhão barris/dia, fazendo com que o barril do petróleo tipo Brent superasse os US$ 85, os preços já começam a se arrefecer e hoje a cotação está em US$ 81.
A expectativa é que a Petrobras faça o reajuste após as definições de trocas de sua diretoria e a eleição dos conselheiros, que só deve ocorrer na próxima quinta-feira (27). Também é aguardada uma definição se a empresa vai manter sua atual política de preços ou se vai criar uma política híbrida, que considere os mercados nacional e internacional.
