Dino sai em defesa de ministro da Defesa: ‘Não deve ser martirizado’
José Múcio tem sido criticado após atos de vandalismo em Brasília
Foto: Agência Brasil
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, defendeu nesta segunda-feira (9), em coletiva, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. Segundo ele, o colega de Esplanada não deve ser “martirizado”. Múcio tem sido criticado porque discordava de Dino e pregava a necessidade de conduzir uma retirada negociada e não à força de grupos bolsonaristas que ocupavam o entorno de quartéis no país em rechaço à eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Após o atentado aos prédios dos Três Poderes em Brasília, as críticas aumentaram. “Não pode ser posta em dúvida a sinceridade, a lealdade e a correção de Múcio”, afirmou Dino. O ministro afirmou, novamente, que autoridades políticas têm responsabilidade sobre os atos de agressão aos poderes.
União nacional
O governo federal recebeu o envio de policiais militares de 10 Estados, um reforço no contingente da Força Nacional de 500 homens, para proteção da Esplanada dos Ministérios e Praça dos Três Poderes. “Vai ficar muito nítido que há união nacional”, disse Dino, que relatou ter conversado com os governadores de oposição Claudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, e Tarcísio Freitas (Republicanos), de São Paulo.
Dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública indicam ainda o recebimento de 13 mil denúncias após os atos, que estão em processo de triagem. Mais cedo a pasta abriu um canal especial (e-mail denuncia@mj.gov.br) para envio de denúncias relacionadas ao atentado. "Uma equipe está fazendo a triagem para que a responsabilidade penal vá além daqueles que estiveram aqui na Esplanada, para chegar aos financiadores e organizadores", pontuou o ministro. Dino afirmou também que os atos eram financiados e que os 40 ônibus apreendidos são um dos meios de investigar os responsáveis.