Diretor adjunto da Abin é demitido após Polícia Federal dizer que agência prejudicou investigações

O governo decidiu fazer mudanças na cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e demitiu o diretor adjunto da agência, Alessandro Moretti. A demissão acontece após mais uma fase da operação da Polícia Federal que investiga a suposta espionagem ilegal pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Alessandro Moretti será substituído por Marco Cepik que, atualmente, comanda a Escola de Inteligência da Abin. 

Ao mesmo tempo, a mudança estrutural na Abin garante a permanência do atual diretor-geral do órgão, Luiz Fernando Correia, que também estava sendo criticado, inclusive por integrantes da Polícia Federal, instituição à qual ele pertence e já comandou no segundo governo Lula.

Em inquérito, a PF afirmou que integrantes da atual cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) interferiram e até prejudicaram as investigações ao dificultar o acesso a dados.

Em nota divulgada após as críticas do relatório da PF se tornarem públicas, a Abin afirmou que contribui com as investigações.

"Tem 10 meses que a atual gestão vem contribuindo com os inquéritos da PF e STF. A Abin é a maior interessada em esclarecer eventuais ilícitos e vai continuar colaborando com as investigações", afirmou a agência.