Diretor do Memorial do Holocausto visitará Alemanha pela 1ª vez em janeiro
Em Berlim, Dani Dayan abrirá uma exposição de objetos pessoais de judeus
Foto: Divulgação
Dani Dayan, diretor-executivo do Yad Vashem, o mais importante memorial do Holocausto do mundo, localizado no Monte da Recordação, em Jerusalém, visitará a Alemanha pela primeira vez na vida em 22 de janeiro deste ano. Aos 67 anos, ele abrirá uma exposição de objetos pessoais de judeus obrigados a fugir do regime nazista, que será exibida no Bundestag (Parlamento), em Berlim.
Nascido em 1955 na Argentina, Dayan mudou para Israel com a família em 1971, quando tinha 15 anos. Entre 2007 e 2013, foi líder do Conselho Yesha, que representa os assentamentos ilegais de Israel na Cisjordânia ocupada. Por esse motivo, sua nomeação como embaixador de Israel em Brasília teria sido rejeitada pela ex-presidente Dilma Rousseff, em 2015. De 2016 a 2020, foi cônsul-geral de Israel em Nova York.
Em entrevista à DW no Yad Vashem, o diretor do memorial diz que seu passado político não importa mais, já que sua missão atual é "sagrada". Além disso, ele também comentou o reaparecimento do antissemitismo no mundo e sua relação com a distância temporal do Holocausto.
"[Quando não houver mais testemunhas vivas do Holocausto] estou convencido de que será um momento feliz para os negacionistas, para quem minimiza [a realidade], pessoas que também existem hoje. Eles vão prosperar. E essa é uma das razões pelas quais estamos numa corrida contra o tempo", afirmou.