Diretor europeu da OMS vê 'sinais encorajadores' de desaceleração da pandemia

Hans Kluge elogiou as medidas tomadas pelos países europeus

Por Da Redação
Ás

Diretor europeu da OMS vê 'sinais encorajadores' de desaceleração da pandemia

Foto: Reprodução / Exame

Hans Kluge, o diretor do braço europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta quinta-feira, em entrevista coletiva virtual, que há "sinais encorajadores" de desaceleração da pandemia de coronavírus no continente, mas destacou que a situação continua sendo grave. Encabeçada pela Itália e pela Espanha, o continente europeu tornou-se o epicentro da crise global, registrando mais de 250 mil infecções, mais da metade das infecções no mundo.

“Embora a situação continue preocupante, começamos a ver sinais encorajadores”, afirmou Hans Kluge.

Segundo Kluge, a Itália, "acaba de registrar um aumento levemente inferior, apesar de ainda ser muito cedo para dizer que a pandemia atingiu o pico neste país", completou. 

O governo espanhol divulgou situação similar no balanço desta manhã, no qual foi anunciado que o número diário de mortes reduziu pela primeira vez em uma semana. A taxa de crescimento dos novos casos também vem reduzindo.

Na Itália, país com o maior número de casos, já contabiliza 7.503 mortos, com 74.836 contágios. Segundo as autoridades italianas, 9.362 pessoas estão curadas. 

A Espanha é o segundo país mais afetado, com 4.086 mortos e 56.188 casos registrados, seguida da China continental, com 3.281 mortos e 81.218 casos. Em seguida, está o Irã, com 2.231 mortes e 29.406 casos, e a França, com 1.331 mortos e 25.233 infetados. Nas últimas 24 horas, a região da Palestina e a Croácia registraram suas primeiras mortes em decorrência do novo coronavírus em seu território.

À imprensa, Kluge elogiou as "medidas sem precedentes para desacelerar e interromper a transmissão da Covid-19, que nos fazem ganhar tempo e reduzem a pressão sobre os sistemas de saúde". 

Diversos países europeus, tais quais a Espanha, a França e a Itália, decretaram quarentena e uma série de medidas para reduzir as taxas de contágio em seus territórios, frente ao crescimento exponencial dos casos e a superlotação de seus sistemas de saúde.

A Alemanha, que também está sob quarentena, tem uma taxa de mortes relativamente baixa: com 36.508 casos diagnosticados, o país registrou apenas 198 mortes até esta quinta-feira. 

No lançamento de uma iniciativa apoiada pelo governo para promover pesquisas sobre a doença, o virologista Christian Drosten atribui a baixa mortalidade à quantidade de testes realizados para a doença — média que, segundo ele, fica em torno de 500 mil por semana, quantia maior que aplicada por diversos países desde que a crise tomou proporções globais.

O impacto exato das medidas, com um custo social e econômico elevado, ainda não foi determinado, de acordo com o diretor regional da OMS. Ele disse ainda que os governos e as populações devem ter consciência da "nova realidade" criada pela pandemia, e estar preparados para o longo prazo.

“Não será um sprint, será uma maratona”, disse Kluge.
 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br

Faça seu comentário