Diretor-Geral da Polícia Federal oferece ajuda ao Equador para combate ao narcotráfico e crise de segurança
Andrei Rodrigues propõe treinamento em investigações e tecnologias de rastreamento de recursos para enfraquecer quadrilhas

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Diretor-Geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, anunciou na última sexta-feira (12), que ofereceu apoio ao governo do Equador no enfrentamento às quadrilhas vinculadas ao narcotráfico, que atualmente são o epicentro da crise de segurança enfrentada pelo país. Rodrigues propôs treinamento em investigações e a disponibilização de ferramentas tecnológicas especializadas para rastreamento e apreensão de bens e recursos financeiros ligafos a essas organizações criminosas, com o objetivo de descapitalizá-las e dificultar suas atividades.
Além disso, foram oferecidos treinamentos e equipamentos para identificação biométrica de presidiários, considerando que os presídios são um dos principais focos da atual crise de segurança no Equador. Caso a oferta seja aceita, agentes da Polícia Federal brasileira poderão ser enviados ao país equatoriano, exclusivamente para treinar os policiais locais.
O anúncio ocorreu após uma reunião virtual que discutiu a crise no Equador, contando com a participação de países membros da Ameripol, organização fundada no ano passado para fortalecer a cooperação entre as polícias dos países da América. O diretor da PF brasileira é secretário-executivo da Ameripol. Outros 14 países, incluindo Colômbia e Peru, que fazem fronteira com o Equador, participaram da reunião e também ofereceram ajuda.
Rodrigues informou que as propostas serão consolidadas em um documento único da Ameripol, a ser encaminhado às autoridades equatorianas. Ele prevê que a Polícia Federal brasileira estará em condições de apoiar o Equador a partir da próxima semana, atuando de acordo com as demandas identificadas pelas autoridades locais.
A crise no Equador teve início após a fuga do líder de uma das facções criminosas mais temidas do país, resultando em uma série de eventos violentos, incluindo fugas de criminosos, ataques a delegacias e sequestros de policiais. O presidente equatoriano, Daniel Noboa, declarou "conflito armado interno" na terça-feira (9) em resposta à escalada da violência.