Diretora que proibiu aluno com autismo de levar lanche para escola na Bahia é afastada do trabalho
A diretora, Alfreda Xavier, será substituída temporariamente pelo vice-diretor da instituição
Foto: Reprodução/TV Bahia
A diretora de uma escola foi afastadas das atividades depois que a mãe de um adolescente de 14 anos, dentro do espectro autista, denunciou que o garoto foi proibido de levar o próprio lanche para escola, na quinta-feira (23). O menino tem seletividade alimentar, característica comum entre pessoas com autismo, que rejeitam muitos alimentos por causa do cheiro e textura. O caso aconteceu em Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, durante esta semana.
A diretora se chama Alfreda Xavier. Segundo a Secretaria de Educação da Bahia (SEC), o Instituto de Educação Gastão Guimarães, terá o vice-diretor como substituto temporariamente. A mãe do adolescente, Jandira Carla Oliveira, revoltada com o ocorrido, se uniu com o Núcleo Territorial de Educação (NTE) e o estudante foi autorizado a levar o próprio alimento.
A Constituição Federal, no Artigo 208, garante o atendimento educacional especializado a portadores de deficiência. Uma lei de 2012 garante, inclusive, acesso a medicamentos e nutrientes.
Entenda como o caso ocorreu
Desde que o menino ingressou na escola, a família diz que ele não recebeu o Plano de Educação Individual, o (PEI), direcionado a alunos especiais, mesmo já tendo apresentado toda a documentação de um neurologista, explicando que o filho tem uma seletividade alimentar, ele foi proibido de comer o lanche que levava de casa junto dos colegas.
A mãe do menino buscou o Núcleo Territorial de Educação e o Conselho Tutelar e quer que o filho continue na escola, com todos os direitos que tem. Depois da denúncia da mãe, na sexta-feira (16), Pedro não foi mais à escola.