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Dirigente do MST afirma que governo Lula 'está meio medroso' após os atos de 8 de janeiro

Segundo João Pedro Stedile, o movimento vai pressionar o governo, mas também vai defender

Por Da Redação
Ás

Dirigente do MST afirma que governo Lula 'está meio medroso' após os atos de 8 de janeiro

Foto: MST/Divulgação

O dirigente do MST, João Pedro Stedile, em entrevista publicada pela Mônica Bergamo, no jornal Folha de S.Paulo, nesta quinta-feira (11), afirma que o governo Lula "está meio medroso" desde os atos criminosos de 8 de janeiro, quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. 

"O governo como um todo está meio medroso. Primeiro pelo 8 de janeiro, que foi uma tentativa real de golpe. Não é que as pessoas [do governo] estejam medrosas. É que cria um clima em que tudo tem que ser mais cuidadoso. [Em segundo lugar] Pela forma como nós ganhamos as eleições [presidenciais contra Jair Bolsonaro], que foi muito tensionada. Foram seis anos de derrota da luta social. Então, quando as nossas ocupações ressurgiram, alguns ficaram assustados", disse. 

Questionado se o movimento vai continuar mantendo a pressão, mesmo no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), João Pedro afirmou que sim, mas não necessariamente com mais ocupação de terra, mas com outras medidas que resultem em chamar atenção para os problemas e necessidades do grupo.

"A natureza do governo não influencia tanto na luta de classes, a não ser quando é um governo fascista como o de [Jair] Bolsonaro. O que determina a luta é se os problemas sociais estão ou não sendo resolvidos. Nós vamos pressionar, mas também vamos defender o governo Lula porque precisamos defende-lo de seus verdadeiros inimigos, que não os inimigos da classe trabalhadora", afirmou.  

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