DIU: Procon-SP dá prazo de 72 horas para planos de saúde explicarem autorização de maridos
O método contraceptivo é reversível e de longa duração, e a mulher pode engravidar normalmente após sua retirada
Foto: Reprodução/G1
Após planos de saúde exigem a autorização do marido para a colocação do método contraceptivo dispositivo intrauterino (Diu), em mulheres casadas, o Procon-SP afirmou que vai multar as seguradoras que não apresentarem explicações em até 72 horas.
"Algumas seguradoras estão exigindo consentimento do marido para reembolsar inserção do DIU em mulheres casadas. A prática é abusiva, ilegal, descabida e afrontosa à condição e dignidade da mulher. Nós estamos notificando essas empresas para saber quais fazem essa imposição absurda.", explica Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP.
O DIU é um método contraceptivo reversível e de longa duração. A mulher pode engravidar normalmente após sua retirada e a decisão de uso cabe somente à mulher, como explica a ginecologista Ana Teresa Derraik, diretora do Hospital da Mulher Heloneida Studart, no Rio de Janeiro.
Amil, Bradesco Saúde, Central Nacional Unimed, Notre Dame, Omint, Porto Seguro Saúde, Qsaúde, Sompo Saúde, Sul América, Unimed Seguros e Vison Med (Golden Cross) foram as empresas citadas pelo órgão.
As empresas também precisam esclarecer se fornecem cobertura para métodos contraceptivos transitórios ou reversíveis e procedimentos de esterilização feminina e masculina e comunicar as condições e exigências que são colocadas ao beneficiário do plano, indicando os fundamentos legais para os critérios estabelecidos.