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Dívida é a principal razão para os pedidos de empréstimos em 24 dos 26 estados brasileiros

Desemprego, baixo poder de consumo e inadimplência impulsionam solicitações de crédito pessoal

Por Da Redação
Ás

Dívida é a principal razão para os pedidos de empréstimos em 24 dos 26 estados brasileiros

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A economia do país ainda passa por um momento delicado e quem sofre com a alta dos preços, juros elevados, acúmulo da inflação e a desvalorização de empresas, são os trabalhadores. Pelo menos quatro em cada dez brasileiros adultos começaram o mês de outubro negativados, isso equivale a 64,87 milhões de pessoas segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e também pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Um outro levantamento, feito pelo Índice FinanZero de Empréstimo (IFE) revelou que 34% dos pedidos de crédito pessoal no décimo mês do ano foram motivados à quitação de dívidas. Além disso, em 24 dos 26 estados do país as solicitações foram para este fim, com exceção de Alagoas e do Amapá.

O maior fator de inadimplência é o desemprego, que atingiu, também em outubro, a marca de 8,7% e afetou 9,5 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Logo seguida do desemprego, as dívidas com cartão de crédito somam como o segundo maior fator de inadimplência.

Outro levantamento feito pelo Instituto Locomotiva, e também pela empresa de tecnologia do mercado financeiro MFM TI, aponta que 60% dos brasileiros inadimplentes adotam um sistema de “rodízio de contas”, que consiste em atrasar alguma cobrança para focar o orçamento em outras que são mais urgentes. Ainda com base na pesquisa, as despesas básicas são privilegiadas pelo sistema adotado. Contas de luz, água e gás (58%) são as prioridades, acompanhadas pelas cobranças de cartão de crédito (42%), supermercado (40%) e, na quarta posição, pagamento de aluguel (30%).

De acordo com o diretor operacional da FinanZero, Rodrigo Cezaretto, parte dessa queda da esperança é fruto da instabilidade político-econômica que o Brasil vem apresentando nos últimos anos. “O pagamento do 13º salário pode ser um momento de alívio para alguns inadimplentes que pretendem dedicar esse valor para quitar ou diminuir os valores negativados. Embora as datas festivas sejam tentadoras, é preciso manter o foco e dedicar atenção extra aos gastos de início de ano e priorizar contas com as taxas de juros mais altas ou procurar oportunidades de créditos”, comenta. 

Nesse mesmo cenário onde os brasileiros precisam escolher qual boleto tem juros mais altos para quitar primeiro, o volume de contas da população vem crescendo e chegou a 11,17% em relação a outubro de 2021, de acordo com dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O setor bancário, por exemplo, tem 61,18% do total de dívidas pendentes no país.

No período de novembro de 2021 a outubro de 2022, as buscas no Google pelo termo “empréstimo para negativado” somaram cerca de 3,9 milhões, com maior concentração nas regiões Sudeste e Sul, sendo em primeiro lugar o Estado de São Paulo, depois Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.

Os dados também podem ser comparados com a última edição do IFE, que apontou São Paulo (40%), Rio Grande do Sul (40%), Paraná e Santa Catarina (cada um com 39%), tendo a motivação dívida como a principal para pedidos de empréstimos. Ou seja, as regiões Sul e Sudeste também lideram essa pesquisa.

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