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Michel Telles

Documentário A Cidade do Poeta resgata história do centro de Salvador e homenageia poeta Castro Alves

Com texto e direção de Jonar Brasileiro, produção de Jorge Pacoa e depoimento de oito personalidades, o vídeo será lançado no dia 29 de março, no Teatro Sesi Rio Vermelho

Por Michel Telles
Ás

Documentário A Cidade do Poeta resgata história do centro de Salvador e homenageia poeta Castro Alves

Foto: Divulgação

A narração pela voz do ator e diretor teatral baiano Harildo Deda é apenas o primeiro atrativo do convite irrecusável que o documentário “A Cidade do Poeta” faz para o revisitar as ruas e histórias de uma Salvador que não existe mais, mas que habita viva na lembrança de quem vivenciou seus encantos e idiossincrasias entre as décadas de 1960 e 1980. A obra, que tem direção e texto do roteirista e escritor baiano Jonar Brasileiro e produção do documentarista Jorge Pacoa, será lançada no próximo dia 29 de março (terça-feira), quando a capital baiana completa 473 anos, no Teatro Sesi Rio Vermelho, às 20h, com sessão aberta ao público. A obra tem apoio do Instituto Educare e Pacoa Produções.

Para os que guardam memórias daquele tempo, “A Cidade do Poeta” logo adquire um valor emocional ao remontar a uma Salvador antiga, lúdica, lírica, que ostentava a Rua Chile como ponto de muitos encontros com suas lojas, cafés, cinemas e calçadas disputadas por gente que vinha de toda parte da cidade. Por outro lado, a obra audiovisual também cumpre bem a função de uma bela aula de história para os mais jovens, expondo a importância da capital baiana num tempo em que Salvador representava o umbigo cultural do país.

As duas propostas cabem no documentário, que nasceu do grande desejo de dois amigos e parceiros profissionais, que foram um tanto felizes pelas ruas da Bahia, de dar sua contribuição para a memória de Salvador. A primeira conversa entre Jonar e Pacoa sobre produzir esse registro aconteceu em 2010. Chegaram a aprovar o projeto no Ministério da Cultura, Lei Rouanet, porém não conseguiram captar empresa interessada. Quando chegou a pandemia da Covid-19, os dois decidiram que, mesmo de forma independente, iriam tirar a ideia do papel. Este é o quarto documentário assinado por Jonar e Pacoa, que, em 2009, lançaram “Samba de Roda na Palma da Mão”.

Com 45 minutos de duração e depoimentos de oito entrevistados, “A Cidade do Poeta” traz como um dos seus aspectos mais interessantes a homenagem que faz ao poeta Castro Alves, sendo a sua estátua o ponto de partida e de chegada para o roteiro traçado pelo documentário. Além disso, o texto-narrativo da obra é todo em versos, como se o próprio poeta estivesse revisitando a cidade e deixando registradas, em poemas, suas lembranças e impressões.

Então, é na companhia de Castro Alves, que se faz presente pelos textos de Jonar, que o espectador sai da Praça Castro Alves, segue pela Rua Chile, desce para o Pelourinho, Baixa dos Sapateiros e Sete Portas, sobe Estrada da Rainha, chega na Lapinha e Santo Antônio, desce a Ladeira da Água Brusca para passar pela Cidade Baixa e então subir a Contorno, passear pelo Canela e Campo Grande até chegar novamente à praça do poeta. O caminho é repleto de imagens, fatos, personagens, casos e marcos, endossados pelos depoimentos dos entrevistados escolhidos para rememorar passagens e acontecimentos que resgatam a história do antigo e efervescente centro de Salvador.

Os testemunhos presentes no vídeo são do agitador cultural Clarindo Silva, do escritor e jornalista Jolivaldo Freitas, da professora de história Regina Rêgo, do professor de história e psicólogo Adson Brito do Velho, do historiador e escritor Sérgio Guerra, da atriz e diretora da Escola de Teatro Hebe Alves, do ator e diretor teatral Harildo Deda e do compositor Walter Queiroz, cuja gravação do depoimento aconteceu há mais de 10 anos, quando o documentário foi idealizado.

“Minha ideia inicial era resgatar as imagens da cidade antiga nas suas mais variadas expressões, no intuito de deixar essa memória, mostrando que aquela Salvador existiu, e que era maravilhosa, com sua arquitetura colonial, pessoas andando a pé sem medo, numa rica vivência do espaço público, com o adendo de estarmos diante, como estamos até hoje, de uma geografia peculiar”, comenta Jorge Pacoa.

Jonar conta que realizar o documentário virou uma missão caso ele e o amigo sobrevivessem à pandemia. “Foi triste reabrir o projeto e ver que, do primeiro elenco de entrevistados e colaboradores definido por nós, boa parte das pessoas havia partido nesses últimos 10 anos.” A equipe técnica atual contou com o trabalho fotográfico de Tati Freitas e César Caria - que também assina a sonoplastia e edição do vídeo - , gravação de voz de Alex Mesquita, além da narração de Harildo Deda.

As fotografias antigas utilizadas no documentário são do Arquivo Histórico Municipal de Salvador – Secult e Arquivo Público Digital.

SERVIÇO:

A Cidade do Poeta

Local: Teatro Sesi Rio Vermelho

Lançamento: 29 de março, terça-feira

Horário: 20h

Entrada franca 

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