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Michel Telles

Documentário "Dorival Caymmi – Um Homem de Afetos" estreia na semana em que o cantor completaria 110 anos!

Aos detalhes...

Por Michel Telles
Ás

Documentário "Dorival Caymmi – Um Homem de Afetos" estreia na semana em que o cantor completaria 110 anos!

Foto: Divulgação Assessoria

Longa-metragem que tem como protagonista um dos maiores nomes da música brasileira, “Dorival Caymmi – Um Homem de Afetos” leva o espectador a uma viagem irresistível pela vida e obra do cantor e compositor que revolucionou a canção no Brasil e influenciou gerações de músicos, abrindo caminho para movimentos como a Bossa Nova e a Tropicália. Dirigido, escrito e produzido por Daniela Broitman (de “Marcelo Yuka no Caminho das Setas”), o documentário tem estreia marcada para 25 de abril, semana em que Dorival Caymmi completaria 110 anos, para celebrar o imensurável legado que o artista deixou para a cultura brasileira.    Dorival Caymmi conquistou o mundo na voz de Carmen Miranda e consagrou a música brasileira no exterior com seu primeiro sucesso, “O que é que a baiana tem?”. Inovando na maneira de compor as letras e de tocar violão, Caymmi tornou-se referência na música e até hoje é uma fonte inesgotável de inspiração. Tal qual ele fez em suas canções, o artista é retratado em “Dorival Caymmi – Um Homem de Afetos” como um cronista que narra os costumes, anseios, e gracejos de sua gente, mas especialmente de sua própria história.  

O roteiro do filme parte de uma entrevista inédita em que, no auge dos seus 84 anos, Dorival Caymmi faz confidências e revela sua afetividade pelas coisas mais singelas da vida. Traduzindo os versos de Caymmi a partir do olhar sensível da diretora, o filme passeia pelo universo quente e vibrante dos pescadores baianos, pelas suas referências de raiz africana, a espiritualidade no candomblé, as histórias de amor e elementos da natureza que tanto inspiraram sua obra.  

Além do encantamento do músico com a forma do vento, os orixás, o mar quebrando na praia – presentes tanto imageticamente como na trilha sonora –, a narrativa é complementada com histórias inusitadas dos filhos Dori, Nana e Danilo Caymmi; os amigos Caetano Veloso e Gilberto Gil; a ex-nora e compositora Ana Terra; o neto Gabriel Caymmi; o produtor e amigo Guto Burgos; e a ex-cozinheira e confidente Cristiane de Oliveira. 

A música é um elemento essencial na construção do documentário, que mostra um Caymmi descontraído e divertindo-se ao improvisar performances de “Quem Vem pra Beira do Mar”, “O Vento”, “Sábado em Copacabana”, “A Vizinha do Lado”, “Marina”, entre outras.  

Ao longo do processo de produção do filme, que durou quase cinco anos, a cineasta Daniela Broitman mergulhou na pesquisa da vida e obra a fim de conhecer as múltiplas facetas de Dorival, músico, pai, ator, marido, pintor, amigo. Também era importante para ela encontrar imagens e registros inéditos. “Dorival Caymmi era um ser muito iluminado, e mesmo sendo introspectivo e caseiro, tinha muitos amigos, era querido pelo público, pelos artistas e pela imprensa da época”, diz Daniela. “Há uma quantidade enorme de matérias de jornais, programas de televisão, entrevistas e links na internet (só no Google tem 549.000), mas eu queria mostrar um Dorival que não fosse aquele já conhecido e enaltecido por meio da TV, dos shows e da mídia em geral. Assim como no filme sobre o Marcelo Yuka, eu sentia que tinha como missão conhecer e revelar um pouco mais sobre sua alma, com toda sua luz, mas também com sua sombra. Ou seja, com toda sua humanidade”. 

Ao buscar desvendar a alma do artista, seu processo criativo, suas paixões e seus dissabores, a narrativa diz algo universal sobre o que é ser um poeta da vida. Celebra também o afeto, a alegria de viver e o imaginário caymmiano. 

Uma realização da Videoforum Filmes, com coprodução da Spcine e Canal Brasil, e distribuição da Descoloniza Filmes, o documentário também conta com apoio para seu lançamento do É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, onde teve sua première mundial. 

De acordo com o crítico de cinema Amir Labaki, fundador e diretor do festival, que é o principal evento dedicado exclusivamente ao cinema documental na América Latina, “a música de Dorival Caymmi tem o dom raríssimo de transportar-nos sempre para um universo mais suave e amoroso, único e próprio; o documentário de Daniela Broitman é um convite irresistível para revisitá-lo, melhor compreendê-lo e nele docemente nos perdermos sem querer voltar”.  

Após sua primeira exibição na Mostra Competitiva do É Tudo Verdade, "Dorival Caymmi – Um Homem de Afetos” seguiu uma trajetória de sucesso com participação em mais de 20 festivais – entre eles, os renomados DocLisboa Festival Internacional de Cinema (Portugal) e Bafici - Buenos Aires Festival Internacional de Cine Independiente (Argentina). O longa venceu o Prêmio de melhor filme do Júri Popular e o Prêmio Especial do Júri no In-Edit Festival Internacional do Documentário Musical, ganhou o Crystal Lens Award no Inffinito Brazilian Film Festival (EUA) e rendeu à diretora uma homenagem no Recine (Rio de Janeiro). Também foi convidado a participar da Womex, a maior conferência do cenário musical global. 

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