Dólar registra alta de R$ 6,15 nesta segunda, após avaliação final do pacote de corte de gastos
Na última semana, a moeda norte-americana registrou uma sequência de altas, e chegou até o pico de R$ 6,30
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O dólar comercial começou a operar em alta diante do real, nesta segunda-feira (23), e chega a cotagem de R$ 6,14, após a avaliação do pacote de corte de gastos, que terminou a movimentação do processo no Congresso Nacional. No maior pico do dia, até então, a moeda americana chegou aos R$ 6,1551.
Investidores temem que as medidas anunciadas pelo governo para equilibrar as contas públicas e conter o avanço das despesas não sejam suficientes. Alguns pontos das medidas adotadas foram alterados e podem fazer com que as despesas públicas sejam contidas menos do que o esperado.
Na última sexta (20), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou as mudanças no pacote. Haddad também declarou ao mercado que serão tomadas novas medidas de redução de despesas mo decorrer de 2025, mas não divulgou demais detalhes.
Na última semana, o dólar demonstrou uma sequência de altas. Na manhã da quinta-feira (19), a moeda bateu o recorde de R$ 6,30 pela manhã, mas depois aprensentou uma baixa de 2,28%, e chegou a R$ 6,12. A oscilação se deu por conta dos dois leilões realizados pelo Banco Central (BC), que resultaram na venda de US$ 8 bilhões em um único dia.
De acordo com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, houve uma saída extraordinária de recursos do páis neste fim de ano, o que gerou a necessidade da instituição intervir. Só nesse ano, o dólar apresentou alta de 25%.
O governo precisa reduzir os gastos para manter a meta de gastar o mesmo tanto que arrecada em 2024 e 2025. Também é planejado que o governo comece a arrecadar mais do que gasta a partir de 2026, a fim de controlar o endividamento público.
Investidores aguardam a divugação de dois dados importantíssimos para a análise da situação econômica do país. Na próxima sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deve divulgar os números do desemprego em novembro e a prévia da inflação de dezembro (IPCA-15). Ambos os dados devem ser declarados às 9h.
