Domingos Brazão nega relação com milícia e diz que não conhecia Marielle
Conselheiro do Tribunal de Contas do RJ é ouvido como testemunha no Conselho de Ética da Câmara
Foto: Laiz Menezes/Farol da Bahia
BRASÍLIA -- Conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão negou que tenha relação com a milícia do estado. A declaração aconteceu durante depoimento no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (16). Na sessão, Brazão também afirmou que não conheceu a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).
A sessão desta terça do colegiado ouve testemunhas do processo que pode levar à cassação do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). Os irmãos Brazão foram presos em março suspeitos de serem os mandantes do assassinato de Marielle, ocorrido em 2018. Com eles, também foi detido o delegado Rivaldo Barbosa, que prestou depoimento na segunda (15) no Conselho de Ética.
Domingos, que participou da sessão por videoconferência, foi perguntado pela relatora do processo no colegiado, deputada Jack Rocha (PT-ES), sobre uma possível relação dele com a milícia do Rio de Janeiro. "Não há nenhum tipo de relação, não existe relação nenhuma", alegou.
O conselheiro ainda destacou que acredita na existência da milícia e que esses grupos criminosos estão crescendo no Rio. No depoimento, ele também lamentou o assassinato de Marielle e afirmou que acredita na Justiça.
"Infelizmente as comunidades do Rio de Janeiro são dominadas ou pelo trafico ou pela milícia. Foi um absurdo o que aconteceu com a vereadora. Eu não a conheci [...]. O responsável precisa ser punido com rigor", disse.