Dono do grupo LVMH abre mão do próprio salário
Todos os membros do conselho do grupo concordaram em cortar seus salários em 30% até o final de 2020.
Foto: Arquivo
O poderoso grupo LVMH, dono de 75 maisons, como Dior, Louis Vuitton, Sephora e Dom Pérignon, já começou adotar medidas para minimizar o impacto da pandemia no próximo ano.
Em seu primeiro relatório trimestral de 2020, divulgado na última sexta-feira, 17, há previsão de cortes de custos e o registro de 15% de queda na receita neste período, comparado com os primeiros três meses de 2019.
Entre as medidas previstas, uma causou maior frisson. O CEO do conglomerado francês, Bernard Arnault, comunicou que irá abdicar de seu salário em abril e maio e receber apenas a remuneração de base pelo resto do ano. Estima-se que o empresário possui um salário bruto variável de 2,2 milhões de euros.
Além de Bernard, todos os membros do conselho da empresa concordaram em cortar seus salários em 30% até o final de 2020. A LVMH também reduzirá as despesas de capital em até 40% ao longo do ano para equilibrar a redução excepcional nas vendas.
Segundo Jean Jacques Guiony, CFO do grupo, todos os custos de marketing estão passando por uma profunda revisão.
"O grupo LVMH mostra boa resiliência em um ambiente econômico interrompido por uma grave crise de saúde", disse o grupo em seu comunicado à imprensa. "O fechamento de locais de produção e lojas na maioria dos países do mundo durante o primeiro semestre terá um impacto nas vendas e nos resultados anuais", que "não podem ser avaliados com precisão nesta fase, sem se conhecer o cronograma de retorno a normalidade."