Doria rebate declaração ‘pessimista’ da OMS sobre vacina: "É preciso ter um pouco de otimismo realista”
Segundo o órgão, há 164 vacinas em desenvolvimento no mundo
Foto: Sergio Andrade/ Agência Brasil
Após declaração do chefe da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, de que 'talvez nunca exista' uma vacina para controlar a Covid-19, o governador de São Paulo João Doria (PSDB) afirmou que "é preciso ter um pouco de otimismo realista".
Segundo a OMS, há 164 vacinas em desenvolvimento: 25 estão em fase clínica e 139 em pré-clínica. Uma delas é a Coronavac, que está em fase de testes em humanos no Brasil e é uma parceria do Instituto Butantã com a empresa chinesa Sinovac Biotech.
Voluntários do Hospital das Clínicas, Instituto Emílio Ribas, Hospital das Clínicas da Faculdade de Ribeirão Preto da USP, Universidade Municipal de São Caetano do Sul e Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) já participam dos testes. Ao todo, nove mil voluntários vão receber a vacina em 11 centros de pesquisa.
Em entrevista à rádio Bandeirantes, Doria disse que o protocolo de aplicação da vacina contra o novo coronavírus, deverá seguir as mesmas regras de aplicação já adotadas na imunização contra a gripe. Segundo ele, receberão primeiro as doses do imunizante pessoas no grupo de risco. Na sequência, receberão profissionais da saúde, forças policiais e, por fim, a população em geral.
Segundo Doria, a produção feita pelo instituto deverá começar a partir de novembro, com o acréscimo de um ou dois meses no prazo, caso ocorra alguma intercorrência. "Toda vacina, contra o coronavírus ou qualquer outra, quando chega na terceira fase já chega em condições de viabilidade técnica e científica de aprovação. Se não, nem passaria da segunda fase”, pontuou.
O governador também reforçou que a vacina será produzida no Brasil. "Não vamos depender de uma circunstância que alguém, ainda que de forma insana, intercepte carga aérea em algum ponto do planeta" afirmou.