Três mães desempregadas garantem o sustento da família "catando" piolhos
Com a correria do dia a dia, os pais não têm mais tempo de olhar a cabeça do filho como se deve.
Foto: Divulgação
Foi depois de passar pelo desemprego e não saber como garantir o sustento da família, que duas mães resolveram abrir o próprio negócio após não conseguirem arrumar nenhum trabalho em Palmas, Tocantins. Keila Maria Borges, de 33 anos, e Rosângela Guerreiro, de 50 anos, agora trabalham juntas catando piolhos em crianças. O serviço é feito na casa de uma delas.
As danadas começaram a produzir folhetos com o anúncio: “Deixamos a cabeça do seu filho limpa”. As mensagens foram fixadas em paredes de prédios e distribuídas nas portas de escolas infantis da capital.
Para contratar o serviço os pais devem entrar em contato, marcar um horário e levar o filho até a casa. São cobrados R$ 50 por pessoa e as catadoras garantem que o trabalho é bem feito. “A gente cata mesmo só com a mão, com a habilidade que a gente tem, e com o pente fino. Não usamos nenhum tipo de remédio porque algumas crianças são alérgicas”, disse.
No Rio de Janeiro, uma mãe também sofreu com o desemprego, e a saída para sobreviver, foi catar piolhos. Há cerca de três anos, Verônica Belfort de 32 anos, criou o Império do Piolho, que faz a higienização capilar em crianças e adultos. A empresa começou no famoso boca a boca e com panfletos espalhados no comércio do bairro onde mora e grudados em postes. Até que uma amiga muito próxima quis ajudá-la a divulgar em grupos de mães no Facebook e ela também fez uma página nessa rede social para aumentar a clientela. Não demorou muito tempo para a agendar ficar lotada.
“Hoje, eu limpo cerca de 50 a 70 cabeças por mês. É com esse serviço que faço supermercado, pagos minhas contas e o aluguel. É minha fonte de renda digna”, disse ela, toda orgulhosa, em entrevista para a Revista Crescer. E, claro, que o Portal Farol da Bahia, aplaude essas três mães guerreiras, que souberam se reinventar na falta do emprego. Desistir jamais, pois os boletos não param de chegar.