“É um padrão de política econômica lamentável", diz economista sobre corte de juro do INSS
Teto dos juros passará de 2,14% para 1,7% ao mês

Foto: Reprodução / Metrópole
O Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) decidiu reduzir as taxas máximas de juros dos empréstimos consignados para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e a atitude foi considerada um equívoco pelo economista Benedito Salomão, doutor pelo PPGE-UFU entrevistado pelo Metrópole.
“É um padrão de política econômica lamentável, uma coisa de quem não conhece economia. Uma ideia estapafúrdia que tiraram da cachola e não faz o menor sentido. Essa tentativa de tabelar taxa de juros para crédito consignado é uma política econômica de má qualidade", afirmou Salomão.
O teto de juros vai passar de 2,14% para 1,7% ao mês, em casos de empréstimo consignado convencional. Nas operações com cartão de crédito, o limite máximo vai cair de 3,06% para 2,62%. A mudança foi articulada pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi, e aprovada com 12 votos a favor e 3 contra.
Após a decisão, os bancos anunciaram a suspensão das linhas de crédito consignado para aposentados do INSS, alegando que não tem condições de arcar com os custos de captação de clientes.