'Economia mundial está desacelerando', diz Guedes
Ministro e equipe estão tranquilos sobre economia
Foto: Reprodução / G1
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda (9) que a equipe econômica está tranquila. A declaração a jornalistas foi dada em meio às turbulências de hoje no mercado financeiro, com o tombo dos preços do petróleo, disparada do dólar e de temor de uma recessão global diante do avanço do coronavírus. "Nós estamos absolutamente tranquilos, a equipe de economia está tranquila. É uma equipe serena, experiente. Já vivemos isso várias vezes. Conhecemos isso. Sabemos lidar com isso. Estamos absolutamente tranquilos, serenos. Então, é hora de justamente termos uma atitude construtiva. Os três poderes, com serenidade, cada um resolvendo a sua parte", disse.
Segundo ele, não é hora de ninguém "pedir privilégio, pedir aumento, pedir facilidades". "Ao contrário, perguntar o que cada um pode fazer pelo país”, concluiu. Guedes também afirmou que a epidemia do coronavírus foi a "gota d'água" na economia mundial, que já estava em processo de desaceleração. "A Índia reviu o crescimento para baixo, a China reviu para baixo. O mundo todo está em desaceleração. Aí vem o coronavírus, acelerou a queda. Então o mundo está realmente em um momento crítico. O coronavírus foi apenas a gota d’água porque o mundo já estava desacelerando e o coronavírus virou na verdade uma pandemia que acelerou essa queda da economia mundial". afirmou.
O ministro argumentou ainda que a melhor resposta à desaceleração da economia mundial é o prosseguimento das reformas estruturais. Ele citou as reformas administrativa e tributária, cujas propostas do governo ainda não foram enviadas ao Congresso, enquanto que as propostas de emenda à Constituição (PEC) do pacto federativo e da emergência – encaminhadas ao Legislativo no fim do ano passado pela equipe econômica."Temos de manter absoluta serenidade e a melhor resposta à crise são as reformas. Vamos mandar a reforma administrativa, o pacto federativo já está lá, vamos mandar a reforma tributária e seguir nosso trabalho. O Brasil tem dinâmica própria de crescimento (...) Se fizermos as coisas certas, o Brasil reacelera. Se fizermos as coisas erradas, o Brasil piora", declarou a jornalistas.