Edital do 5G prevê internet móvel de alta velocidade em 27 mil km de rodovias federais até 2029
Trecho da BR-242 na Bahia está na lista de contemplados pela iniciativa do governo
Foto: Reprodução/G1/TV Globo
A proposta envolvendo o edital do leilão do 5G, que está em análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU), traz uma série de obrigações para as operadoras de celular vencedoras do certame terão de cumprir como contrapartida, entre as quais o fornecimento de internet móvel nas rodovias federais.
De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a proposta prevê que as operadoras terão de ofertar sinal de internet 4G em aproximadamente 27 mil quilômetros de rodovias federais que atualmente não contam com a tecnologia até 2029. Com 50% dos trechos indicados no edital cobertos até 2025.
As rodovias selecionadas pelo Ministério das Comunicações, com o apoio da Anatel para receber o sinal foram as consideradas estratégicas para o transporte de passageiros e o escoamento da produção agropecuária. Entre as principais rodovias que vão receber o sinal, estão
- BR-163 (liga Tenente Portela-RS a Santarém-PA);
- BR-364 (liga Cordeirópolis-SP a Mâncio Lima-AC);
- BR-242 (liga Maragogipe-BA a Sorriso-MT);
- BR-135 (liga São Luís-MA a Sete Lagoas-MG);
- BR-101 (liga Touros-RN a São José do Norte-RS);
- BR-116 (liga Fortaleza-CE a Jaguarão-RS).
Ao todo, foram considerados 53.930 km de rodovias, dos quais 22,6 mil km já possuem cobertura da tecnologia 4G. A expectativa para 2029, é de que o Brasil tenha 49,6 mil km de rodovias federais pavimentadas e não coincidentes com sinal de internet móvel de alta velocidade. O que representa 92% dos trechos considerados pelo levantamento.
As associações e federações que representam o setor elogiam a intenção do governo e da Anatel de fazerem um leilão para priorizar investimentos em áreas que não têm acesso à internet móvel de alta velocidade. Mas cobram informações mais detalhadas no edital.
"Sem termos todo o processo devidamente claro e definido, correremos risco de insegurança na precificação e consequentemente, ocasionando desinteresse no certame”, afirma Vivien Suruagy, presidente da Federação Nacional de Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra).